Nos últimos anos, o Polo Industrial de Manaus (PIM) vem passando por uma transformação silenciosa, porém decisiva: a consolidação da cultura digital em suas linhas de produção. O tema da Indústria 4.0 deixou de ser uma tendência distante e passou a integrar o planejamento estratégico das fábricas instaladas na região.
Com o avanço de metodologias como o PIMM4.0 — desenvolvido no Brasil — e o Acatech, de origem alemã, empresas do polo têm avaliado seu grau de maturidade digital e identificado onde estão seus principais desafios. Os diagnósticos mostram que, embora muitas indústrias já tenham evoluído na automação de processos, ainda há um longo caminho a percorrer na integração entre sistemas, no uso de dados em tempo real e na visibilidade operacional.
Segundo o consultor Ivan Lima, da PLMX Soluções Tecnológicas, este é o momento de ir além dos relatórios:
“A avaliação de maturidade é essencial, mas o verdadeiro valor está em transformar esses resultados em ações concretas. É preciso traduzir o diagnóstico em iniciativas práticas e sustentáveis que façam sentido para a realidade amazônica.”
Para Lima, um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas é sair do papel.
“Muitas organizações sabem onde estão e onde querem chegar, mas têm receio de como começar. Ferramentas digitais que permitem simular cenários e testar mudanças antes da implementação ajudam a reduzir riscos e tornam a transformação mais orgânica”, explica.
O movimento pela maturidade digital tem contado com o apoio de Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) da região — como o Instituto Eldorado, UFAM, UEA, INDT, CITS, FPF e FITEC — que aproximam a pesquisa acadêmica do ambiente industrial. Esses centros oferecem infraestrutura laboratorial, capacitação profissional e suporte técnico às empresas que buscam avançar em suas jornadas de digitalização.
“A articulação entre empresa, ICT e governo é o que transforma avaliação em resultado”, reforça Lima. “A Amazônia tem especificidades únicas — logísticas, regulatórias e ambientais — que precisam ser consideradas em cada projeto de transformação digital.”
Para o consultor da PLMX, o caminho mais eficaz segue três etapas: avaliar, planejar e evoluir. Avaliar o nível atual de maturidade, planejar com base em metas realistas e evoluir gradualmente, acompanhando os resultados e ajustando as estratégias sempre que necessário.
O cenário do PIM mostra disposição das empresas em avançar. O que falta, segundo Ivan Lima, é construir pontes entre o diagnóstico e a prática.
“Temos dados e diagnósticos. Agora é hora de agir. O Polo Industrial de Manaus tem potencial para ser referência nacional em transformação digital — desde que a indústria, a academia e o poder público caminhem juntos.”
Fonte: PLMX Soluções Tecnológicas.
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