Açaí, castanha e tapioca: veja lista de produtos que Trump isentou de tarifa de 40%

Três produtos típicos da Amazônia — açaí, tapioca e a castanha-do-Pará — estão entre os itens brasileiros que deixam de pagar a tarifa extra de 40% imposta pelos Estados Unidos.

A decisão foi publicada nesta quinta-feira (20/11) e faz parte da revisão do decreto assinada pelo presidente Donald Trump após avanços nas negociações com o governo brasileiro.

A mudança tem efeito retroativo e passa a valer desde 13 de novembro. Para o setor exportador, especialmente para produtores do Norte, o alívio chega em um momento de forte tensão comercial entre os dois países.

Para produtos como açaí, tapioca e castanha-do-Pará, essa trégua comercial devolve competitividade e reduz incertezas para os produtores amazônicos.

Carne, café e outros produtos também foram beneficiados

Os EUA também zeraram a sobretaxa sobre carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produtos de cacau, café, frutas, vegetais, nozes e fertilizantes.

Essa era a parte mais sensível do tarifaço de julho, que pressionou diretamente o agronegócio — um dos motores da balança comercial brasileira.

Além dos alimentos, a lista de exclusões inclui minérios, óleos minerais e peças ligadas ao setor aeronáutico. Empresas americanas que pagaram os 40% extras poderão pedir reembolso diretamente à Alfândega dos EUA.

Mesmo com o recuo, vários setores seguem sob a alíquota adicional. Máquinas agrícolas, veículos, autopeças, siderurgia, produtos químicos, têxteis e calçados continuam sujeitos ao tarifaço, já que não aparecem na lista de isenções.

A mudança ocorre em meio à ofensiva diplomática entre Brasília e Washington. Nas últimas semanas, o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio retomaram conversas para construir um acordo provisório que permita negociar um entendimento mais amplo.

Segundo o Itamaraty, a expectativa é que esse processo leve alguns meses. Mas o gesto de Trump — primeiro reduzindo tarifas recíprocas de 10%, agora zerando a taxa adicional de 40% — sinaliza uma melhora no clima das negociações.

Foto: Reprodução

Fonte: Real Time 1.

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