Aluna da Ufam representa Amazonas durante conferência em Harvard

Manaus – “Uma experiência surreal. Você tem contato com pessoas, projetos, culturas diferentes que fazem com que você melhore como pessoa e como líder. Com isso, nós passamos a acreditar na possibilidade de transformar a realidade do nosso Brasil”. Este é o relato da estudante do curso de Engenharia da Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Carlla Martins, que conta sobre sua experiência de três dias no Brazil Conference at Harvard & MIT, que ocorreu nos Estados Unidos, como jovem embaixadora do Brasil.

Ela e mais nove estudantes universitários brasileiros foram selecionados para o Programa de embaixadores. Em sua quinta edição, a conferência foi realizada nos dias 5 e 7 de abril, com o objetivo de promover debates sobre variados temas com a participação de jovens que tenham papel ativo em iniciativas pelo desenvolvimento do País.

No evento Carlla Martins teve contato com diversos políticos e artistas como Luciano Hulk e Angélica
No evento Carlla Martins teve contato com diversos políticos e artistas como Luciano Hulk e Angélica | Foto: Arquivo Pessoal

“No evento tinha várias pessoas famosas como deputada federal Tabata Amaral (PDT), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT),  ex-ministro Henrique Meirelles, influenciadores digitais e outros”, conta.

Projeto

Carlla desenvolveu um projeto junto com amigos, quando ainda era caloura, que se chama ‘Cosmos’, que atualmente é institucionalizado pela Ufam. A parceria com os colegas Dimerson Lucas, Matheus Castro, Tainá Soares e Luan de Almeida, todos apaixonados pela astronomia, resultou na ação que hoje é coordenada pelo professor Marcelo Brito da Silva, do Departamento de Física da Ufam

“A ideia é simples e criativa: ensinar astronomia nas escolas, sempre de uma forma lúdica e prática, com oficinas e dinâmicas. Além disso, o grupo ajuda os estudantes do ensino básico na preparação para a Olimpíada de Astronomia. Nós somos e podemos ser cientistas. E a ciência não é um bicho de sete cabeças, mas sim algo muito engraçado e divertido de se fazer. Foi pensando nisso que fundamos o projeto. Ele tem quatro anos de história e começou de forma independente e desde 2017 foi abraçado pela Ufam. Somos um projeto de extensão e nós já recebemos um prêmio de empreendedores sociais”, diz.

Carlla desenvolveu um projeto junto com uns amigos, ainda quando era caloura , que se chama ‘Cosmos’,
Carlla desenvolveu um projeto junto com uns amigos, ainda quando era caloura , que se chama ‘Cosmos’, | Foto: Arquivo Pessoal

O propósito do projeto é chegar nos lugares onde há menos oportunidades, com o  objetivo de despertar na criança a vontade de fazer ciência.

“Jovens conseguem mudar a história da sociedade de alguma forma. E qualquer impacto, o menor que seja, é muito importante e grandioso. Então quando visitamos uma escola e fazemos uma ação, nós sabemos que encantamos aquela criança de alguma forma e ela vai ficar curiosa para saber sobre as estrelas, por exemplo. Por meio desse projeto, nós acreditamos no potencial dessa criança”, conta.

Carlla e mais nove estudantes universitários brasileiros foram selecionados para o Programa de embaixadores.
Carlla e mais nove estudantes universitários brasileiros foram selecionados para o Programa de embaixadores. | Foto: Arquivo Pessoal

A estudante destaca que como embaixadores, os jovens selecionados têm a missão de trazer a discussão para as suas cidades e acrescenta que eles vão realizar um centro regional até o final do ano, onde realizarão uma mini conferência para discutir temas que englobam a realidade local.

“Ser embaixadora me transformou bastante, foi um empoderamento muito grande para mim. Me sinto feliz por ter tido uma voz, de poder falar sobre jovens que estão lutando para transformar o Brasil através da Educação e poder ser uma representação para jovens e falar por eles foi muito importante para mim. E também de conhecimento, do que eu adquiri lá, pois foi uma troca muito grande de ideias. Você sempre acha que sabe dialogar, mas até que você sente perto de uma pessoa que pensa diferente de você, você é posto à prova. Então a conferência propõe uma maneira de pensar diferente e me fez entender a importância do diálogo”, declara.

Fonte: Em Tempo

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