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Amazonas bate recorde no comércio eletrônico puxado por venda de TVs

O comércio eletrônico feito por empresas do Amazonas alcançou o melhor resultado em nove anos, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Ano passado, o volume de vendas pela internet chegou a R$930 milhões, sendo os aparelhos receptores de televisão responsáveis por 84% do faturamento.

Os aparelhos televisivos movimentaram R$790 milhões, em 2023, seguido pelos monitores de computador, desodorantes e condicionadores de ar. Na comparação com 2022, o comércio eletrônico observou uma expansão de 45% no estado.

São Paulo foi o estado que mais comprou das empresas do Amazonas. No ano passado, foram comercializados R$320 milhões. Depois aparecem as vendas realizadas para o próprio território amazonense, que somaram R$100 milhões. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem, logo em seguida, com a aquisição de R$90 milhões em produtos amazonenses.

Os números positivos do comércio eletrônico refletem mudanças de hábitos de consumo iniciados na pandemia de Covid-19, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Amazonas, Antonio Silva.

“A pandemia imprimiu uma série de mudanças de hábitos que permaneceram mesmo após o seu término. O consumo eletrônico e doméstico foi um desses vetores que apresentou exponencial crescimento durante o período. Adicionalmente, tivemos um início de expansão do consumo familiar e retomada da dinâmica econômica”, disse.

Acrescentando: “O Polo Industrial de Manaus, como produtor consolidado de bens de consumo eletroeletrônicos, tem, seguindo essa tendência, apresentado sucessivos resultados positivos.”

Comércio eletrônico cresce no país

Em todo o país, o comércio eletrônico seguiu em trajetória de crescimento. Em 2023, o setor movimentou R$ 196,1 bilhões, marcando um aumento de 4% em relação a 2022, quando o volume de negócios foi de R$ 187,89 bilhões. Desde 2016, o e-commerce brasileiro mais que quintuplicou.

“São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais concentram quase 60% do comércio eletrônico. Isso mostra que nós temos um trabalho muito árduo a fazer, que é o processo de inclusão digital e de distribuição de renda”, disse o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira.

O levantamento do Ministério leva em conta dados extraídos de Notas Fiscais eletrônica, fornecidos pela Receita Federal. No Brasil, os smartphones foram o produto mais vendido no comércio eletrônico (R$ 10,3 bilhões), seguido de Livros, brochuras e impressos semelhantes (R$ 6,4 bilhões); televisão (R$ 5,3 bilhões); refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões); tablets (R$ 4,4 bilhões); e complementos alimentares (R$ 3,7 bilhões).

Os dados do Observatório demonstraram significativas diferenças entre as regiões brasileiras. A região Sudeste continuou a dominar o cenário do e-commerce, concentrando a maior parte das vendas online (73,5%); seguida do Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-oeste (3%) e Norte (1,3%). Já na análise da região de onde foi feita a compra, a Sudeste foi o destino de 55,6% dos negócios fechados, seguido por Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-oeste (8,3%) e Norte (3,3%).

O MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) desenvolvem o projeto E-commerce.BR para aumentar a adesão de pequenos negócios ao comércio online. Com previsão de lançamento neste semestre, a iniciativa busca melhorar o desempenho financeiro através de soluções inovadoras, sobretudo em regiões onde o comércio eletrônico ainda está tímido.

Fonte: Segundo a Segundo.

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