Em 2022, o Amazonas possuía 504 empresas atuantes com atividades voltadas para indústria da construção. Em 31 de dezembro daquele ano, 21.059 pessoas estavam empregadas no setor. A geração de salários, retiradas e outras remunerações totalizou R$ 711 milhões de reais no Estado. Os custos com obras e/ou serviços da construção alcançaram R$ 1,8 bilhão de reais e o valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção totalizaram R$ 4,8 bilhões de reais. Os dados se referem a empresas com 5 pessoas ou mais ocupadas.
No país, 174,7 mil empresas ativas ocuparam 2,3 milhões de pessoas, que obtiveram R$79,6 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Além disso, R$ 439 bilhões foram gerados em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção. As quantias monetárias foram valoradas a preços correntes de 2022.
Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada hoje, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A PAIC fornece uma visão estrutural e abrangente da indústria da construção brasileira que desempenha um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico do país.
No Estado, o valor das incorporações, obras e construções do setor da indústria da construção, em 2022, foi de R$ 4,8 bilhões, deixando o Amazonas na 17a posição entre as Unidades da Federação. Os maiores valores ficaram com São Paulo (R$ 108 bilhões), Minas Gerais (R$ 52,4 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 27,8 bilhões).Os menores valores das incorporações, obras e construções foram do Acre (R$ 827,1 milhões), Roraima (R$ 842,4 milhões) e Amapá (R$ 861,9 milhões).
Construção de edifícios liderou, entre os segmentos da construção, no Amazonas
Em 2022, prevaleceu, no Amazonas, com o maior valor de incorporações, o segmento de construção de edifícios, acompanhando o resultado do que aconteceu nacionalmente. Dentre as 27 Unidades da Federação, 16 tinham a construção de edifícios como seu segmento predominante, enquanto 11 se destacavam pelas obras de infraestrutura.
Entre as Unidades da Federação, localizadas na região Norte, o Amazonas ficou na segunda posição (20%), em 2022, com a participação nas incorporações de obras e/ou serviços de construção, só perdendo para o Pará que atingiu 56,6% de participação.
Entre as grandes regiões brasileiras que tiveram perda de participação no valor das incorporações, entre 2013 e 2022, em obras ou serviços de construção, a região Norte teve a menor perda, com -0,9 ponto percentual (p. p.). A maior foi da região Sudeste (-2,8 p. p.), seguida pela região Nordeste (-1,1 p. p.). A região Sul (4,5 p. p.) e a Centro-Oeste (0,4 p. p.) foram as regiões com ganho de participação no valor das incorporações entre os anos de 2013 e 2022.
Em todo país, o setor público perdeu relevância como contratante de obras entre 2013 e 2022. No entanto, em comparação com 2021, aumentou sua representatividade nos três segmentos (construção de edifícios, obras e infraestrutura e segmento de serviços especializados para construção).
Amazonas fica na vigésima primeira posição em número de empresas da indústria da construção atuantes
Com 504 empresas atuantes, o Amazonas ficou na vigésima primeira posição no ranking entre as Unidades da Federação. Os Estados com maior quantitativo foram São Paulo (17.907), Minas Gerais (8.836) e Paraná (6.098). Já as Unidades da Federação com menor quantidade de empresas atuantes foram Roraima (113), Acre (141) e Amapá (150).
Quantitativo de pessoal ocupado na indústria da construção somou mais de 20 mil pessoas
Em 31 de dezembro de 2022, um total de 21.059 pessoas, no Amazonas, estavam ocupadas na indústria da construção. O número deixou o Estado na 20a posição em nível nacional. Na comparação com os outros Estados da região Norte, o Amazonas ficou atrás do Pará (69.455 pessoas ocupadas). Roraima ficou com o menor quantitativo de pessoas ocupadas (4.032 pessoas).
Os Estados com mais pessoas ocupadas no setor, no mesmo período, foram São Paulo (568.762 pessoas ocupadas), Minas Gerais (273.912 pessoas ocupadas) e Rio de Janeiro (159.489 pessoas ocupadas). As Unidades da Federação onde foram identificadas menos pessoas ocupadas no setor da indústria da construção foram Roraima (4.032 pessoas ocupadas), Amapá (4.947 pessoas ocupadas) e Acre (5.382 pessoas ocupadas).
No Brasil, as empresas da indústria da construção empregavam 2,3 milhões de pessoas ocupadas no final de 2022, divididos da seguinte forma: 37,2% trabalhando na Construção de edifícios; 33,2%, em Serviços especializados para construção; e 29,5%, em Obras de infraestrutura.
Em termos absolutos, no país, houve uma queda do pessoal ocupado de 650,4 mil pessoas, uma diminuição de 21,9%, nos últimos 10 anos. Este valor foi influenciado principalmente pela redução do número de pessoas ocupadas na construção de edifícios, que perdeu 367,9 mil pessoas (-29,9%) no mesmo período.
Em relação ao período pré-pandemia do novo coronavírus, o setor da construção aumentou a empregabilidade em todos os anos desde 2019, acumulando um aumento de 411,6 mil pessoas, o que corresponde a 21,6% de crescimento.
Com relação à distribuição regional do número de trabalhadores empregados, para empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas, a PAIC mostrou que a região Norte possuía 5,7% do pessoal ocupado, uma queda de 1,9 p. p. entre 2013 e 2022. Não houve mudança no ranking das grandes regiões.
Salários, retiradas e outras remunerações alcançaram mais de R$ 700 milhões, no Estado
Até 31 de dezembro de 2022, o Amazonas somou R$ 711 milhões em salários, retiradas e outras remunerações do pessoal ocupado no setor da indústria da construção. Os maiores resultados foram de São Paulo (R$ 21,8 bilhões), Minas Gerais (R$ 9,9 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 5,8 bilhões). Os menores valores ficaram com Roraima (R$ 123,3 milhões), Amapá (R$ 132 milhões) e com o Acre (R$ 178,6 milhões). Em comparação ao resultado dos Estados do Norte, o Amazonas foi o segundo no ranking, perdendo apenas para o desempenho do Pará (R$ 2,5 bilhões).
Assim como aconteceu em nível nacional, no Amazonas, houve aumento de R$ 70,8 milhões no custo de salários, retiradas e outras remunerações, entre 2022 e 2021. Porém, nos últimos 10 anos, houve diminuição em R$ 246,7 milhões.
O custo das obras e/ou serviços da construção aumentou mais de R$ 300 mil em um ano, no Estado
O custo das obras e/ou serviços da construção no Amazonas alcançaram R$ 1,8 bilhão em 2022. O valor subiu R$ 341 milhões em relação ao ano anterior, contudo, na comparação com 2013, percebe-se decréscimo de R$ 272 milhões. Entre os Estados, o Amazonas ficou com o décimo nono maior custo da indústria da construção. Na liderança estavam São Paulo (R$ 41,3 bilhões), Minas Gerais (R$ 19,8 bilhões) e Paraná (R$ 10,9 bilhões). Os menores custos de obras e/ou serviços foram dos Estados de Roraima (R$ 317,6 milhões), Amapá (R$ 333 milhões) e Acre (R$ 373 milhões).
Na PAIC, os custos e despesas são categorizados da seguinte forma: consumo de materiais de construção, gastos com pessoal, obras e serviços contratados a terceiros e outros custos e despesas.
A pesquisa revelou que, no país, gastos com pessoal foi o principal componente para as indústrias da construção, representando 48,3% do total em 2022. Em seguida veio o consumo de materiais de construção que foi o segundo item mais significativo nos custos e despesas da construção, correspondendo a 37,4%. Já em terceiro lugar destacaram-se as despesas com obras e serviços contratados a terceiros, representando 14,3% do total em 2022.
Sobre a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC)
A PAIC Retrata as características estruturais do segmento empresarial da atividade da construção no país, analisando o valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção, o número de empresas, empregos e salários, receitas, custos e despesas, produtos da construção nas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e distribuição regional nas empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas.
Para empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas ou receita bruta da construção acima de R$ 18,8 milhões, a pesquisa é censitária.
Empresas selecionadas para a pesquisa
São selecionadas as empresas ativas do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE que tenham como atividade principal compreendida na seção F (Construção) da CNAE 2.0 sediadas no Território Nacional, e que tenham pelo menos uma pessoa ocupada em 31 de dezembro do ano de referência.
Para empresas de Pessoal Ocupado (PO) de 30 ou mais pessoas e Receita Bruta da Construção acima de R$18,8 milhões, a pesquisa censitária (estrato certo), ou seja, os questionários são enviados para todas as empresas do cadastro.
Para empresas com menos de 30 pessoas ocupadas, os estratos amostrados estão agrupados pelas empresas que ocuparam 1 a 4 pessoas, 5 a 9pessoas, 10 a 19 pessoas e 20 a 29 pessoas.
Na PAIC 2022, foram selecionadas 25.718 empresas: 12.659 no estrato certo, 4.776 no estrato amostrado de 5 a 29 pessoas, e 8.283 do estrato de 1 a 4 pessoas ocupadas.
Fonte: 18 Horas.