Aprendendo a aprender com as gerações

Na semana passada eu falei a respeito da contratação de pessoas com mais de 40, 45 anos e hoje vou abordar alguns aspectos que diferenciam o comportamento desse público e dos jovens no ambiente corporativo.

Conflito de gerações não é invenção do século XXI. Mas, até há pouco tempo os pais conseguiam se comunicar melhor com os temíveis “aborrecentes”. A questão do difícil relacionamento entre as gerações se acentuou muito nas décadas recentes, devido, principalmente ao universo on-line. Os jovens, desde a infância, recebem milhares de estímulos, que as gerações mais antigas tinham apenas com brincadeiras como esconde-esconde ou pega-pega, por exemplo.

Hoje as gerações se misturam nas empresas. Os da X (nascidos entre as décadas de 60 e 80), lá pelo início do uso computador, sonhavam em conquistar um bom emprego e fazer carreira até se aposentar. Comprar a casa própria pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), construir uma família e seguir padrões morais.

Já a turma da Y (nasceu na segunda metade da década de 80) investiu em conhecimento e aprendizagem, descobriu outro mundo com a internet e houve um afrouxamento das correntes morais e hierárquicas. Trabalha melhor em equipe para elevar os resultados, mas quer ascender rapidamente na profissão.

Agora vamos à geração Z (nascidos a partir da segunda metade da década de 90), que pode ser considerada como uma geração silenciosa, pois se comunica o tempo todo por meio de smartphone, tablets e etc, mas geralmente não troca uma palavra com a pessoa ao lado. O sonho desse pessoal é transformar o mundo num lugar mais justo, porém não coloca a mão na massa ou muda de ideologia como muda de roupa e em relação a emprego, muda mais rápido ainda, pois não se apega!

Agora imagina essa turma toda na mesma empresa?! Bom, os desafios para as companhias não são poucos: conciliar comportamentos, expectativas e até alinhar a comunicação visando elevar resultados são só o pontapé inicial. Entretanto, por outro lado, há uma riqueza intergeracional incrível que pode beneficiar a todos se forem adotadas algumas políticas e estratégias pelo RH.

Os Xs podem contribuir com a sua ampla visão de mundo, experiência, responsabilidade e comprometimento. De outra forma, podem aprender com os da Z a lidarem melhor com a tecnologia, a serem menos apegados a bens materiais e curtirem mais a vida fazendo algo legal pro mundo.

Já os Z podem desenvolver mais foco, determinação e paciência, pois desejam tudo pra ontem. Os Y podem compartilhar sua alto confiança, apreço pela inovação e visão empreendedora. Enfim o papo é longo e preciso ficar por aqui! E você, como se relaciona com as demais gerações no trabalho?

Fonte: Jornal A Crítica

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