As pessoas e as empresas nas redes sociais

No mundo de hoje é quase impossível ficar fora de uma rede social. Afinal passamos boa parte do nosso tempo na dimensão virtual. É super normal a gente usar as redes por vários motivos: a empresa faz um lançamento de um produto, a gente está iniciando um curso ou treinamento, o pessoal de vendas usa o Insta pra promover a comercialização do seu estoque, enfim, a gente quer comunicar algo ao mercado ou à sociedade e as redes são fantásticas pra abocanhar consumidores ou seguidores. Que nos diga o presidente Bolsonaro que ganhou a eleição presidencial gastando pouco e utilizando as suas redes, acabou ganhando milhões de seguidores-eleitores, o que o colocou no comando do Brasil.

Redes: amigas ou inimigas?

Porém, é importante que a gente use as redes ao nosso favor, de maneira inteligente e estratégica. Veja só esse caso, tenho uma colega no Facebook que se separou recentemente do marido e imediatamente publicou um post numa festa, bebendo, dizendo que estava curtindo a vida, sorridente e feliz. Até aí, algum psicólogo social pode dizer que a moça estava tentando forjar o que chamamos de felicidade. Mas a ação foi inofensiva para sua imagem.

A questão é que o mesmo post foi publicado no Linkedin que, como todos nós sabemos, é uma rede de negócios, ou seja, um ambiente profissional. Será que ficou bacana a imagem da moça maquiada, vestido decotado, segurando uma taça de vinho na night?

Não enlameie a sua marca

Em relação ao mundo corporativo, uma empresa de cosméticos foi pegar carona na tragédia de Brumadinho para ganhar espaço na mídia e se tornar conhecida, e deu um tiro no pé!  Conforme a empresa, a campanha era mostrar “solidariedade” diante da catástrofe ambiental.

Porém, naquele momento a nação estava extremamente comovida com as vítimas e com a situação no geral, e qual foi a publicação da empresa? Contratou belos modelos fotográficos que apareciam completamente enlameados desde o fio de cabelo até o dedão do pé. Consequência: os anúncios enfureceram os internautas, que – em boa parte – consideraram puro oportunismo da marca em lidar com o fato daquela forma. Se a empresa queria aparecer, apareceu. O negócio que a gente precisa pensar se é desse modo que queremos repercutir a imagem da nossa empresa.

De olhos abertos

Também precisamos lembrar que estamos sendo vigiados o tempo todo nas nossas redes. Tem sempre um par de olhos bem abertos aguardando nossos posts. Quais as nossas mensagens? Como nos vestimos? Locais que frequentamos? Nossas preferências? Como escrevemos? Nosso nível de ódio, intolerância, carisma, exibicionismo?

Esses são apenas alguns aspectos que mostram o nosso universo individual, nosso nível socioeconômico, cultural e intelectual, além dos nossos valores e ética. Ah! Tem também os que se escondem, mas que não deixam de ser observados. Seria um camarada introvertido? Está escondendo algo? Seria um psicopata? Tem problemas em se relacionar socialmente?

Sem exageros

Como o mundo virtual é uma terra que a gente não precisa se expor fisicamente, isso nos deixa mais à vontade, às vezes até demais, geralmente os posts passam do bom senso e certo limite. É gente enchendo a cara no fim de semana, a mulherada com aquele biquíni fio-dental na praia, aquele monte de selfies cheias de poses e bicos, mensagens de tragédias, contendo linguajar chulo e não para por aí.

Recrutadores de plantão

Aí você pode me dizer, mas é meu lazer, eu tenho direito e blá-blá-blá. É verdade, mas lembre-se que a segunda-feira vai chegar e se você está buscando uma oportunidade de emprego, uma promoção na empresa ou algo parecido, saiba que os recrutadores e o pessoal do RH adoram pesquisar o perfil dos prováveis candidatos ou de seus próprios profissionais que concorrem a uma promoção, por exemplo.

No caso dos recrutadores, exemplificando, imagine que você está participando de processo seletivo numa multinacional, seu currículo foi aprovado e você foi muito bem na entrevista da sexta-feira, no domingo  o recrutador resolve dar uma olhada no seu perfil no Facebook! É aí que mora o perigo! Em qual perfil o recrutador irá se basear? O da entrevista ou o do Facebook?

Comunicação é pra gente grande

Enfim, vale lembrar que Comunicação é uma ferramenta estratégica e que está em plena transformação com o uso das novas tecnologias, o que demanda profissionais capacitados e experientes para fazer um bom posicionamento da sua marca, imputando credibilidade e envolvendo consumidores ou potenciais clientes, gerando empatia.

Não caia na onda do imediatismo e inexperiência, pois o custo de uma campanha malfeita pode destruir muito do que você levou anos construindo em um click de olhos, digo “piscar de olhos”. E se você quer construir uma boa reputação pessoal e/ou profissional, é sempre bom estar atento ao modo como se relaciona nas redes. Afinal uma das poucas coisas que realmente nos pertencem é nossa imagem! Zele pela sua!

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