Aumento da licença-paternidade: uma questão de bom senso!

Aos poucos, as companhias vêm atualizando as políticas de RH de acordo com as mudanças dos tempos. Algumas empresas já se deram conta da importância dessa constante atualização, em virtude da dinâmica social e assim rompem preconceitos contratando profissionais de grupos ainda discriminados, como o LGTB, por exemplo. Sensíveis à questão da inclusão social, aceitação de diferentes gêneros e outras mudanças sociais, elas dão os primeiros passos numa estrada sem fim.

Mas, ainda há muito a avançar, pois nem a garantia da licença-paternidade foi conquistada por todos, como mostra o relatório “Situação da Paternidade no Mundo”, lançado neste ano, no Brasil, 27% dos pais ainda não usufruem de nenhum tipo de licença. Entretanto, se o dado mostra que ainda há empresas na contramão de uma nova sociedade, outras, preferem pais felizes e implantaram políticas voltadas a esse público, inclusive estendendo o prazo da licença-paternidade.

Crianças na pista

Houve uma época em que as crianças ficavam separadas da roda de conversa dos adultos. Ainda me lembro disso! A gente brincava num canto da casa e algum adulto aparecia de vez em quando, trazendo os comes e bebes, e verificando se estava tudo sob controle. E a gente nem imaginava o que se passava no outro cômodo da casa. Hoje, tudo mudou muito! As crianças não só participam de tudo, como muitas vezes são elas que têm o poder de decisão na hora da compra ou impõem comportamentos aos familiares.

Mais que provedor

Hoje esse relacionamento entre pais e filhos é diferente, também por conta da mudança do comportamento dos papais. Agora, eles são muito mais afetivos e dedicados, acompanham de perto a gravidez da esposa, os exames do pré-natal e estão por dentro de tudo que cerca o universo infantil.

A nova geração de pais também deseja estar mais pertinho da família e curtir as horas de lazer com esses entes, participando mais ativamente da dinâmica familiar. Se antigamente, os pais eram os provedores e viviam preocupados com o sustento e bem-estar da família, hoje manter-se próximo é alicerce. Eles querem acompanhar a rotina dos rebentos.

Mais que a lei

Por força de lei, a licença-paternidade no Brasil é de cinco dias seguidos, contados a partir do nascimento do filho. Já para as empresas que participam do Programa Empresa Cidadã, o período aumenta para 20 dias. Ainda há licença especial, em caso de crianças até os seis anos que precisam de assistência.  Fora o que reza a lei, algumas empresas – que apoiam a primeira infância – estão estendendo o prazo da licença-paternidade.

Empresas e bom senso

Uma recente reportagem da Revista Época sobre o tema mostrou a Johnson & Johnson como uma das empresas que apoiam o fortalecimento do laço entre os pais e filhos nos primeiros e mais delicados momentos da vida dos bebês, em que as mães precisam desse apoio não só por conta das tarefas, mas, principalmente, no âmbito psicológico! A empresa no ano passado ampliou a licença-paternidade – para pais biológicos, adotivos ou casais homoafetivos – de quinze para quarenta dias.

A famosa Whirlpool desde 2016 aumentou a licença-paternidade para 20 dias e mantém programas de apoio que incluem berçários internos ou home office.  Já a IBM, por meio da tecnologia, flexibiliza a rotina do papai e no pós-natal incentiva o profissional a trabalhar de casa três vezes por semana.

São exemplos de novos caminhos e outras formas de aproximar as famílias nesse momento tão especial que é a chegada de um bebê! As empresas que consolidam esse laço entre pais e filhos saem na frente e – ao final – todos ganham!

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