Brasileiras C6 Bank e Gocase são selecionadas para programa de empreendedorismo do MIT Sloan

Brasileiras C6 Bank e Gocase são selecionadas para programa de empreendedorismo do MIT Sloan

m novo banco digital brasileiro, C6 Bank, e o e-commerce de acessórios para celular Gocase foram selecionados para sediar projetos do Laboratório Global de Empreendedorismo (G-Lab), programa da Escola de Administração do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT Sloan). A participação prevê o desenvolvimento de estratégias e consultoria para a realização de projetos nas áreas de inovação e expansão internacional.

As empresas foram selecionadas por alunos de MBA do instituto com base em seus modelos de negócio e potencial de crescimento. Elas representam o Brasil entre outras startups com sede em países emergentes.

Consultoria inteligente

O projeto do C6 Bank consiste na implantação de um robô-advisor, mecanismo de inteligência artificial (IA) capaz de oferecer consultoria sobre temas como investimentos ou planejamento financeiro. A ideia é que a ferramenta integre a plataforma digital do banco, que recebeu aval do Banco Central (BC) e começará a atender o público ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo Scott Keating, professor sênior de contabilidade do MIT Sloan, um dos maiores desafios do grupo é desenvolver o mercado para esse tipo de serviço. “Enquanto os consumidores estão rapidamente ficando confortáveis ​​com os bancos digitais, eles estão muito menos confortáveis ​​sobre receber conselhos de investimento de um computador”, diz.

Além do programa do MIT, o banco também pretende investir em parcerias com universidades brasileiras. “A ideia é cooperar com a academia e acelerar a inovação”, explica a chefe de comunicação da empresa, Verena Fornetti. Segundo ela, o protótipo do robô está sendo finalizado e deve começar a ser testado entre os colaboradores em breve.

Novo país, novo consumo

O objetivo da Gocase é desenvolver um plano de entrada e expansão nos Estados Unidos. A marca já atende clientes norte-americanos por meio do e-commerce e enxerga um potencial ainda maior no consumo do país.

Mais do que a parte operacional, o trabalho com os estudantes tem como desafio avaliar e comparar as particularidades do novo mercado. Isso porque a personalização dos produtos, um dos diferenciais da empresa, exige agilidade e conhecimento sobre a cultura e a agenda local.

Estudantes responsáveis por desenvolver o projeto da Gocase (Foto: O CEO da Gocase, o Rafael Lobo, e os alunos do MIT Sloan que estão desenvolvendo o projeto)

“A estratégia é tentar ser global, mas ser local”, explica Rafael Lobo, CEO da Gocase. “Sempre buscamos produzir estampas e produtos que façam sentido para aquela sociedade, e isso implica em um processo diário”. Segundo ele, a startup espera abrir um escritório no país em até dois anos.

Sharmila Chatterjee, professora sênior de Marketing no MIT Sloan, avalia que a startup tem um bom potencial para ser bem-sucedida em adaptar seu atual modelo de negócios ao país. “As duas questões que serão úteis são o entendimento preciso do gosto do consumidor americano e a resposta rápida a eventos nos EUA”.

Fonte: Época Negócios

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