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Cerca de 2.000 funcionários da Starbucks fazem greve em mais de 100 lojas nos EUA

Mais de 2.000 funcionários em 112 locais da Starbucks devem entrar em greve de um dia nesta quinta-feira (17), de acordo com o sindicato que organiza as lojas desde o ano passado.

O sindicato diz que está em greve para protestar contra a retaliação tomada contra simpatizantes sindicais em todo o país. Também está protestando contra o que caracteriza como a recusa da empresa em negociar com o sindicato um primeiro acordo trabalhista. São 264 lojas que votaram a favor da representação sindical. Mas nenhum contrato foi negociado ainda, mesmo nas lojas que votaram há quase um ano.

“Isso é para mostrar a eles que não estamos brincando”, disse Tyler Keeling, um sindicalista de 26 anos que trabalhou em uma loja da Starbucks em Lakewood, Califórnia – perto de Los Angeles – nos últimos seis anos. “Acabamos com a retaliação antissindical deles e com eles se afastando da negociação.”

Keeling e outros apoiadores do sindicato dizem que cabia a cada loja individual participar ou não da greve nacional. Muitas lojas já realizaram breves greves por questões específicas. Mas esta é a primeira ação nacional.

“Há muito medo antes que uma loja decida entrar em greve”, disse Michelle Eisen, organizadora da primeira loja da Starbucks a votar a favor do sindicato em dezembro passado. “A Starbucks tem retaliado líderes sindicais em todo o país. Mas, apesar desse medo, mais de 2.000 trabalhadores em todo o país estão em greve hoje e defendendo uns aos outros.”

Quando a loja de Keeling fez uma greve de um dia em agosto, funcionários da Starbucks de lojas não sindicalizadas próximas aderiram ao piquete, disse ele, e alguns clientes trouxeram comida e bebida para os grevistas.

Não está claro quantas das lojas afetadas pela ação de quinta-feira poderão permanecer abertas durante a greve.

O protesto acontece no dia do “Red Cup” na Starbucks, quando distribui copos reutilizáveis ​​de fim de ano a certas compras de bebidas que dão direito a descontos e pontos de bônus extras em compras futuras.

“Culturally Red Cup Day é um dia importante na Starbucks. As pessoas ficam loucas com isso”, disse Keeling. Ele disse que realizar a greve em um dia com grande volume de clientes é uma ótima forma de chamar a atenção para as atividades antissindicais.

O sindicato está chamando sua greve de “Rebelião do Copo Vermelho” e está distribuindo copos vermelhos do sindicato dos trabalhadores da Starbucks aos clientes.

A empresa foi procurada pela CNN, mas ainda não se manifestou. Em outra ocasião, porém, negou ter retaliado qualquer funcionário por seu apoio ao sindicato e culpou o sindicato pela falta de progresso na mesa de negociações.

A Starbucks defendeu as demissões de apoiadores sindicais que ocorreram como aplicação adequada das regras que se aplicam a todos os seus funcionários, aos quais se refere como “parceiros”.

“O interesse em um sindicato não isenta os parceiros de seguir políticas e procedimentos que se aplicam a todos os parceiros”, disse a Starbucks em comunicado anterior.

Mas nesta semana, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas – que supervisiona os votos da representação sindical – entrou com um pedido no tribunal federal de uma ordem nacional de cessar e desistir para impedir que a Starbucks retalie contra os apoiadores do sindicato.

O processo do NLRB dizia que havia um “número e padrão de práticas trabalhistas injustas da Starbucks (…) particularmente demissões” contra apoiadores sindicais em suas lojas.

*Com informações do site CNN Brasil

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