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Coluna Mais Negócios – Edição 199

Após descobertas na bacia do Amazonas e anunciar a criação de hub, Eneva aposta na venda direta do gás natural na região Norte e na preservação ambiental

A companhia exploratória da Eneva S.A. na bacia do Amazonas tem apresentado ótimos resultados para a corporação. Isso porque a empresa anunciou recentemente ter encontrado indícios de gás natural no poço 3-ENV-35D-AM, localizado no bloco terrestre AM-T-84. Em novembro do ano passado, a companhia já havia notificado a Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre a existência de indícios de petróleo e gás durante a perfuração do poço pioneiro do bloco. Em outro bloco vizinho, o AM-T-85, a Eneva também anunciou a descoberta de indícios de petróleo e gás no poço 1-ENV-31D-AM, no mês de abril deste ano. Já em maio, outra descoberta veio do segundo poço da área, batizado de 3-ENV-33D-AM. Com isso, a reserva de gás natural da companhia saltou de 7,109 bilhão de m³ para 14,8 m³, conforme auditoria independente, publicada em maio e realizada pela consultoria Cline & Associates (GCA).

A partir dessas descobertas, a Eneva pretende criar três grandes hubs de gás natural para novos negócios, que visam contratar até 1 GW de novas térmicas na região Norte, estudar novos projetos de geração de energia e buscar clientes de gás natural, dentro da estratégia da empresa de monetizar suas reservas e diversificar receitas. Desses três hubs de gás, um deles está sendo estruturado em torno do campo de Azulão (AM), que fica entre os municípios de Silves e Itapiranga, no Amazonas, e que abastece a usina de Jaguatirica II, em Boa Vista (RR). Os demais hubs serão distribuídos pelo Nordeste do país.

“Atualmente, já temos destinação para grande parte do gás produzido, com o abastecimento da usina termelétrica Jaguatirica II, em Roraima. Mas temos tido boas experiências também na venda direta do gás natural liquefeito a clientes industriais no Maranhão, sendo esse um modelo que pode ser replicado no Amazonas, pois acreditamos que esse tipo de substituição seja um fator importantíssimo para a transição e a segurança energética do país. Contudo, isso somente pode ser feito por meio de leilões do Governo Federal e, portanto, a Eneva está se mantendo sempre atenta a essas oportunidades”, comenta Márcio Lira, relações institucionais da Eneva no Norte.

Com a estratégia de crescimento na região Norte, a empresa pretende investir em projetos ambientais, gerar renda às comunidades do entorno e aumentar as contratações. “Em 2022, a Eneva aderiu ao Programa Floresta Viva, iniciativa liderada pelo BNDES para restauração ecológica e transição para uma economia de baixo carbono. O aporte da Eneva, no valor de R$ 5 milhões, tem como meta a conservação do bioma amazônico, o fortalecimento da estrutura técnica e a restauração ecológica próxima aos territórios de atuação da empresa. Pelo acordo, o BNDES vai investir outros R$ 5 milhões, totalizando R$ 10 milhões para esse fim”, afirma Márcio.

Outro foco da empresa é o leilão de reserva de capacidade que acontecerá no final do mês de setembro, e contratará 2 GW dos 8 GW termelétricos de implantação compulsória, conforme a Lei da Eletrobras (Lei nº 14.182/2021). Caso saia vencedora, a companhia consolidará sua estratégia para monetizar o gás natural das reservas de Azulão (AM), na bacia do Amazonas/Solimões – tornando-se um importante hub da empresa na região Norte.

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Levantamento no Google Trends mostra que busca pelo termo `ESG´ cresceu 1200% em 2 anos, mas liderança está preparada para lidar com esse tripé?

Reportagem da Exame, veiculada esses dias no site da revista, contextualiza a importância do comprometimento empresarial no que diz respeito ao tripé ambiental, social e governança. Apesar do termo ESG (Environment, Social, Governance) estar em evidência, foi em 2004 que o então secretário das Nações Unidas Kofi Annan publicou um artigo para o Banco Mundial, em que convidou 55 CEOs de algumas das maiores empresas do planeta a incorporarem a tal sigla em seus resultados. No atual cenário, bem mais complexo, o tripé passa a fazer mais sentido nas corporações. Mesmo assim, há muito a se fazer. O relatório `The ESG Imperative: turning words into action´, liderado pelo Project Management Institute (PMI) aponta que – apesar do avanço na implantação do ESG nas organizações, grande parte dos líderes estão despreparados para lidar com essas questões. Em Manaus, para contribuir com um novo posicionamento das lideranças locais em relação ao ESG, a Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM) promoveu, nos dias 25 e 26 de agosto, o 19º Congresso de Gente e Gestão, trazendo o tema `ESG e o impacto nas organizações e na sociedade´, com o objetivo de despertar a adoção de boas práticas de gestão e compliance nas organizações, considerando a importância da responsabilidade social e ambiental. Sem meio ambiente, sem negócios!

Bilionários brasileiros: super-ricos do setor de alimentos e bebidas somam um patrimônio de R$ 269,14 bilhões

A lista da Forbes, divulgada na quinta-feira (15/9), elenca os 28 nomes dos bilionários do setor de alimentos e bebidas que, juntos, reúnem uma fortuna avaliada em R$ 269,15 bilhões. Desses nomes, 18 bilionários e 11 empresas são do mercado de alimentos. Dentre elas, estão a Camil, Marfrig, Cacau Show e M. Dias Branco. Somente os super-ricos de alimentos somam um patrimônio total de R$ 76,90 bilhões. Na lista, constam os irmãos Batista do frigorífico JBS (JBSS3), Joesley e Wesley. Depois vem Maria Consuelo, da M. Dias Branco (MDIA3). Os outros cinco membros da família Dias Branco que aparecem na lista da Forbes são os filhos de Maria e Francisco. Já em relação ao segmento de bebidas, são dez super-ricos e seis empresas, entre elas Schincariol, Ypióca e Grupo Petrópolis. Os dez bilionários de bebidas – em conjunto – mantêm um patrimônio total de R$ 192,25 bilhões. Os bilionários acionistas da Ambev (ABEV3) seguem no topo do setor, isolados. São eles Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, mas todos eles possuem participações em outros negócios. Isso mostra que comer e beber ainda dá dinheiro!

RÁPIDAS & BOAS

Na quarta-feira (21/9), das 8h às 19h (horário de Brasília), o Instituto de Tecnologia e Inovação Evereste, instalado no Amazonas, participa de um dos maiores eventos sobre ambientes aeroportuários do Brasil. Trata-se do II Seminário de Aeroportos Brasileiros, o Aero Brasil. O evento, que é gratuito e presencial, irá ocorrer em São Paulo. Outras informações pelo link (https://bityli.com/rSWGLHb).

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A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do Ministério da Educação (MEC) iniciará o processo de seleção para a participação no Curso de Multiplicadores em Bioeconomia para a Amazônia Legal. As instituições ofertantes da Educação Profissional e Tecnológica podem se inscrever até o domingo (25/9), pelo link (https://bityli.com/KogxMbW).

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Especializada em gestão de empresas, a Lumit lançou na sexta-feira (16/9), no `Café com presidentes´, a mentoria `Estratégia Camelo´. Com foco no desenvolvimento de competências essenciais para manutenção das empresas a longo prazo, a estratégia abordará mecanismos nas áreas de gestão de negócios e mindset de crescimento. O evento contou com a apresentação de Sandro Valeri, professor e conselheiro do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral (FDC) e ex-executivo da Embraer. Com mais de 30 professores integrantes da mentoria, as aulas começam em janeiro de 2023 e seguirão durante o primeiro semestre. Mais informações podem ser consultadas pelo (92) 981185989 ou contato@lumit.com.br.

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Nos dias 28 e 29/9, a partir das 18h30, acontece o evento `Reciclagem pós-pandemia para síndicos e subsíndicos´, organizado pelo Grupo GI9. O encontro será no Hotel Intercity, localizado na R. Prof. Marciano Armond, nº 544. Os interessados podem obter outras informações e ingresso pelo telefone 98566-0283.

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