Com orçamento restrito, tecnologia e eficiência são essenciais às cidades

EXAME Fórum Cidades Inteligentes debateu bons exemplos, erros e desafios na gestão de cidades que aliam cooperação, tecnologia e oportunidades

Em um mundo cada vez mais complexo e de população majoritariamente urbana, só crescem os desafios de dar aos cidadãos que moram em cidades qualidade de vida, oportunidades justas e, por que não, felicidade. Nesse sentido, governantes e empresas que buscam tornar suas cidades “inteligentes” precisam lidar com tecnologia, inovações e metas bem definidas.

EXAME reuniu cinco casos atuais no Brasil para abordar caminhos, acertos e problemas em torno das cidades durante o EXAME Fórum Cidades Inteligentes, evento que aconteceu na manhã dessa quarta-feira (28).

No começo do evento, especialistas mostraram que a falta de continuidade na gestão pública e a burocracia ainda são um obstáculo grande para a evolução das cidades brasileiras.

Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prefeito de Santos, apresentou diversos números sobre seu mandato na cidade paulista que mostram que uma maior eficiência de gestão e o uso inteligente de tecnologias geram resultados positivos. Por lá, todos os secretários ganharam planos de metas a serem cumpridos e isso define a porcentagem der seus bônus.

“Somos a primeira cidade do País a ter contrato de gestão em todos os setores. Todos os secretários ganharam metas definidas a partir de reuniões na prefeitura e audiências públicas”, contou Barbosa.

A maior organização e cobrança mostrou ser eficiente. Outra mudança foi a digitalização dos processos da prefeitura. Quando chegar a 100%, em 2019, a economia anual será de R$ 1,4 milhão. Como resultados na maior eficiência: tempo para cadastro de fornecedores no município passou de 119 dias para 7; abertura de empresa passou de 4,4 para 3,9 dias.

“Também criamos parques tecnológicos, já inseridos nas escolas municipais, onde os alunos têm acesso às aulas de robótica e empreendedorismo. Aumentamos a frota de ciclovias, colocamos fibra ótica em todos os equipamentos municipais, conseguimos baixar a taxa de homicídios para 2,26 por 100 mil habitantes [em 2012 era 6,27 por 100 mil habitantes]”, explicou.

José Crespo (DEM), prefeito de Sorocaba, deu o exemplo da criação do Cartão Universal do Cidadão na cidade como boa prática rumo ao futuro das cidades inteligentes. “Até o fim do ano, todos os moradores terão um cartão único com seus dados, do nascimento à morte. No chip constarão os dados de todos os atendimentos públicos, cada consulta médica. Os dados serão sempre atualizados e ele não precisará perder tempo fazendo recadastramentos”, explicou.

Fontes: https://exame.abril.com.br/brasil/com-orcamento-restrito-tecnologia-e-eficiencia-sao-essenciais-as-cidades/

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