Empresa atualmente emprega 1.500 pessoas em seu centro de pesquisa e desenvolvimento na Bahia e gera receita de R$ 500 milhões investindo forte em pesquisa e inovação
Apesar de não mais produzir veículos no Brasil, a Ford reservou um espaço importante para o país em sua cadeia de desenvolvimento global.
Com demandas por inovação cada vez mais frequentes, a criação de novas tecnologias, inclusive nas áreas de software e conectividade, estão se tornando algo central para as fabricantes.
Logo, como explica a Ford, a “exportação de conhecimento” é uma forma de inserir a divisão brasileira da companhia em uma das áreas mais promissoras da indústria.
Para tanto, a Ford mantém, há 20 anos, seu centro de pesquisa e desenvolvimento na Bahia, com sede em uma área total de 6 mil metros quadrados em Camaçari. O local é um dos nove do tipo que a empresa mantém no mundo e está entre os maiores e mais completos do Hemisfério Sul.
Nos seis prédios presentes no local estão localizados o estúdio de design, os laboratórios de realidade virtual e de Teardown (desmontagem e análise de componentes), escritórios e a D-Ford, startup que realiza pesquisas para antecipar as necessidades dos consumidores anos antes de os veículos chegarem às ruas.
Segundo a Ford Brasil, seus esforços no país já resultaram no registro de mais de 70 patentes globais.
Em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Bahia, a companhia oferece suporte ao trabalho de pesquisa de mais de 200 profissionais distribuídos em 17 estados brasileiros que atuam em 120 projetos, a maioria voltada à conectividade, inteligência artificial e big data.
Entre os exemplos de projetos com expressiva participação do time brasileiro estão o desenvolvimento do design para os futuros veículos elétricos da Lincoln, a implementação de tecnologias eletrificadas em modelos para o mercado global e o desenvolvimento das futuras gerações do sistema multimídia da Ford.
O time brasileiro também é responsável pela criação e pelo aprimoramento de um terço das funcionalidades embarcadas nos veículos Ford ao redor do mundo, a exemplo do “One Pedal Drive” do Mustang Mach-E – que permite dirigir usando apenas o acelerador, sem acionar o pedal do freio – e da “Zone Lighting”, que controla as luzes externas da F-150, inclusive da nova configuração Lightning, versão 100% elétrica da picape.
No desenvolvimento dos veículos autônomos, o conhecimento brasileiro é aplicado na adequação da carroceria para o posicionamento de sensores, radares e câmeras e para a padronização da sua instalação, bem como no projeto de seus sistemas de limpeza.
Já entre os veículos conectados, acrescenta a Ford, o desenvolvimento de software é um dos pontos de atuação dos recentes projetos do centro de pesquisa e desenvolvimento na Bahia.
Entre eles merece destaque as novas funcionalidades conectadas da van Transit, como a assistência técnica em conferência, o acompanhamento preventivo inteligente e os relatórios de indicadores para o negócio.
A nova estratégia da Ford Brasil está mostrando bons resultados, com destaque para a receita de R$ 500 milhões gerada pelas iniciativas da empresa na Bahia.
Atualmente, o centro de pesquisa e desenvolvimento emprega 1.500 pessoas, o que realça a competência dos profissionais brasileiros em diferentes áreas, como engenharia, programação, entre outras.
Por fim, vale citar que a Ford Brasil também realiza um importante trabalho social ao redor das suas operações na Bahia, oferecendo, com parceiros locais, cursos de formação sem custo para jovens nos setores em que a empresa demanda mão de obra especializada.
Fonte: Autoo