A Nokia é um exemplo perfeito. De uma fábrica de papel em 1865 a um faturamento anual de 24 bilhões de dólares, sua história é uma aula de inovação e resiliência. Vamos mergulhar nessa transformação incrível.
A origem modesta da Nokia: de fábrica de papel a inovação
A história da Nokia começou bem longe da tecnologia. Em 1865, na Finlândia, ela fabricava algo bem simples: papel. Era difícil imaginar que essa pequena fábrica, processando madeira, daria origem a uma gigante global.
Já no início do século XX, a Nokia mostrou sinais de que não ficaria presa a um único mercado. Em 1902, ela entrou no setor de geração de eletricidade e, pouco depois, começou a fabricar produtos de borracha, como botas e pneus. Essa diversificação foi o primeiro passo em direção à grandeza.
A era das telecomunicações: a ascensão ao topo
A grande virada veio em 1967, quando três empresas se uniram para formar a Nokia Corporation. Com isso, a empresa entrou de vez no mercado de tecnologia, fabricando de cabos a produtos eletrônicos. Mas foi nos anos 90 que a Nokia se tornou um nome conhecido mundialmente.
Lembra dos celulares indestrutíveis? Aqueles que sobreviveriam a quedas e ainda tinham bateria infinita? A Nokia dominou o mercado, liderando a revolução da comunicação móvel. Em 1998, era a maior fabricante de celulares do mundo, faturando 20 bilhões de dólares por ano. Parecia que nada poderia detê-la.
Os desafios do novo milênio
Mas nem toda história de sucesso é uma linha reta. O novo milênio trouxe concorrentes de peso, como Apple e Samsung. O lançamento do iPhone em 2007 mudou o jogo, e a Nokia, presa a sistemas operacionais menos intuitivos, começou a perder relevância.
Problemas internos e recalls de produtos prejudicaram sua imagem. Em 2009, a receita ainda era alta, mas começou a despencar nos anos seguintes. Em 2013, a Nokia estava em sua pior fase, com receitas caindo para menos de 17 bilhões de dólares.
A reinvenção estratégica: a venda para a Microsoft e a nova visão
Quando tudo parecia perdido, a Nokia tomou uma decisão ousada: vendeu sua divisão de celulares para a Microsoft por 5,6 bilhões de dólares em 2014. Para muitos, isso parecia o fim, mas na verdade foi o começo de uma nova era.
Com essa mudança, a Nokia focou em infraestrutura de telecomunicações e soluções tecnológicas. Essa reinvenção trouxe estabilidade financeira e garantiu sua relevância no mercado global. Hoje, a empresa fatura mais de 24 bilhões de dólares anualmente, provando que soube se adaptar.
A história da Nokia nos ensina que, para sobreviver, é preciso coragem para mudar. A empresa soube se reinventar, mesmo enfrentando quedas drásticas. De fábrica de papel a pioneira em telecomunicações, sua jornada é um exemplo de que o fracasso pode ser uma ponte para o sucesso.
Fonte: Click Petróleo e Gás.