(Foto: Tiago Souza)

Curso de requalificação profissional a síndicos e subsíndicos é realizado em Manaus

Com foco na apresentação de novas técnicas de gestão de prédios e condomínios residenciais ou comerciais, o Grupo GI9 promoveu durante os dias 28 e 29 de Setembro, o curso “Reciclagem pós-pandemia”, em um auditório no hotel Intercity, zona Centro-Sul de Manaus.

Destinado a moradores que exercem a função de síndico ou fazem deste posto sua atividade remunerada, as atividades contemplaram temas relacionados ao dia a dia da administração de um condomínio, como legislação tributária e resolução de conflitos com base no regimento interno, entre outros.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Síndicos (Conasi), Sérgio Craveiro, Manaus recebeu um evento de grande porte sobre a requalificação profissional de síndicos e subsíndicos. Na opinião de Craveiro, participar de ações valoriza não apenas o síndico, mas o imóvel que ele é gestor.

“Costumo dizer que o síndico tem que trabalhar na parte de valorização imobiliária, e a partir do momento em que há um foco nosso, o condomínio flui naturalmente, com tecnologia e expertise na área. Manaus precisava de um evento dessa natureza e é importante trazer assuntos novos para que os síndicos possam sempre inovar e se renovar”, afirmou.

Facilitador do curso, o CEO do Grupo GI9, Paulo Xavier cita que o curso buscou elevar o nível de conhecimento de síndicos e subsíndicos, além de apresentar aos futuros interessados a ingressar na função a rotina condominial.

Segundo Paulo, a escolha da temática “pós-pandemia” visou elencar os principais desafios desse período e apontar os mecanismos pelos quais essas barreiras foram superadas. Para o CEO, a gestão do síndico deve integrar outros profissionais.

“Nos últimos dois anos, o divisor de águas foi o uso da tecnologia e forma de comunicação com outros profissionais. Para você fazer a gestão de um condomínio existem várias técnicas que você deve saber. Há o administrador, contador, advogado, que fazem dessa gestão bem completa”, menciona.

Uma das inscritas no curso, a síndica Alessandra Romano disse que a participação em atividades de requalificação profissional agrega conhecimento para aprimorar a sua gestão.

No posto desde fevereiro deste ano, ela elenca o uso da tecnologia como uma das principais ferramentas na administração condominial. “Nossa principal desafio enquanto síndico é intermediar problemas e buscar soluções, nós nunca podemos lidar com problema e não trabalhar para resolvê-lo, e usar a tecnologia nesse processo auxilia bastante”.

Gestão profissional

Em um estudo feito pela Associação Brasileira de Síndicos e Subsíndicos Profissionais (Abrassp), estão registrados em uma das duas funções aproximadamente 420 mil pessoas, sendo que deste número, apenas 5,2% exercem desses postos uma atividade profissional e remunerada.

Com pouco mais de 50 síndicos profissionais atuando em Manaus, a principal diferença entre o morador que exerce a função de síndico e o administrador profissional é a forma com a qual lidará com os conflitos do dia a dia condominial, como explica Craveiro.

“O morador que exerce a função de síndico vai fazer a parte voluntária do negócio, vai deixar na mão da administradora, do jurídico as questões do dia a dia. O síndico morador trabalha à noite, então fica uma gestão um pouco afastada e fica uma busca para sanar essa distância. O síndico profissional olha o condomínio como empresa, e trabalha na gestão de contratos, contadores e fala na mesma língua e tratar as coisas com muito mais calma.”

Uma das palestrantes, a conselheira do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/AM) Keyti Carvalho, cita que uma péssima gestão tributária pode acarretar em sanções jurídicas.

“O condomínio em si não tem impostos, mas o ponto-chave está no pagamento dos prestadores de serviços. Muitas pessoas não conhecem sobre a parte tributária e o que implica, mas é necessário se atentar, por exemplo, para retenção na fonte. A partir do momento em que se constitui um CNPJ, deve-se prestar informações a Receita Federal sobre pagamento, serviços e quem o fez. As punições para equívocos no preenchimento desses dados vão desde advertências até sanções judiciais”, contextualizou.

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