O Fórum Brasileiro de Deep Techs acontecerá dia 29 de julho de 2025, no Centro de Bionegócios da Amazônia, em Manaus, fomentando inovações sustentáveis a partir da floresta, com foco em bioeconomia e desenvolvimento regional.
O que é o Fórum?
O evento itinerante, promovido pela Wylinka e Caos Focado, chega à sua 3ª edição em 2025, com etapas em quatro cidades brasileiras: São Paulo (11 de junho), Recife (02 de julho), Manaus (29 de julho) e Rio de Janeiro (27 de agosto). Pensado para conectar pesquisadores, startups, investidores e gestor públicos, o Fórum aborda temas como clima, sustentabilidade, agricultura do futuro, saúde, indústria e inteligência artificial.
Histórico e relevância
Na edição anterior (2024), o Fórum percorreu quatro cidades — São Paulo, Brasília, Belém e João Pessoa — reunindo atores do ecossistema deep tech e consolidando discussões em torno da inovação científica no país. Destacam‑se painéis sobre impacto socioambiental e investimentos, além de debates sobre segurança jurídica para startups.
Na 1ª edição (2023), o encontro deu origem ao “Manifesto pelas Deep Techs”, com apoio de mais de 60 organizações, consolidando uma rede nacional por essas tecnologias (conteudo.wylinka.org.br).
Etapas de 2025: São Paulo e Recife
As primeiras paradas deste ano foram em São Paulo e Recife. Em São Paulo, na USP (11/06), o Fórum reuniu representantes de FAPESP, SEBRAE‑SP, Finep e grandes fundos, debatendo ambiente regulatório e apoio à inovação. Em Recife, o encontro ocorreu no Porto Digital (02/07), contando com atores regionais, fortalecendo a convergência entre ciência, mercado e políticas públicas (conteudo.wylinka.org.br).
Manaus: por que a Amazônia importa?
No dia 29 de julho, o Centro de Bionegócios da Amazônia abrirá suas portas para uma programação construindo a floresta como protagonista. A palestra magna, “Deep techs e a Amazônia: ciência como ferramenta de desenvolvimento sustentável”, enfatizará o papel estratégico da biodiversidade e dos saberes tradicionais no desenvolvimento de soluções com impacto global.
Dois painéis compõem o evento: o primeiro debate o alinhamento entre políticas ambientais, pesquisa científica e mercado para fortalecer a bioeconomia amazônica; o segundo, focado em transformações reais de ideias em negócios com impacto socioambiental, geração de renda e empregos sem comprometer a floresta.
Impacto local e regional
O evento chega à Amazônia com o objetivo de traduzir vocações locais em ações concretas. Manaus se apresenta como palco estratégico para mobilizar pesquisadores, empreendedores sociais, investidores e gestores públicos em torno da ciência profunda — ou deep techs — como força transformadora da região.
A programação inclui:
- Palestra de abertura com especialistas e cientistas brasileiros;
- Painéis com representantes públicos, pesquisadores e investidores;
- Networking direcionado e conexão com projetos de bioeconomia e conservação.
Temas-chave e tendências
O Fórum aborda cinco trilhas temáticas principais:
- Clima e sustentabilidade: inovação para mitigação de mudanças climáticas;
- Alimentação e agricultura do futuro: tecnologias para produção sustentável;
- Saúde e bem-estar: soluções para saúde pública e privada;
- Indústria e crescimento sustentável: indústria verde e circular;
- Inteligência artificial e transformações digitais: digitalização responsável em contextos amazônicos.
O que esperar em Manaus?
- Debate técnico-científico e político sobre direção e integração de políticas e mercado;
- Conexões regionais e nacionais para criação de carreiras, pesquisa aplicada e startups;
- Fomento a negócios transformadores desde a floresta, com transferência de tecnologia e respeito ao saber tradicional;
- Possibilidade de novas parcerias com fundos e investidores para projetos de bioeconomia;
- Visibilidade nacional e internacional para atores amazônicos, valorizando como emergentes no campo da inovação.
Por que isso importa
O Fórum Brasileiro de Deep Techs 2025 reforça o protagonismo amazônico frente aos grandes desafios globais. A conferência posiciona a ciência profunda como instrumento para uma bioeconomia equitativa — capaz de gerar renda, preservar a floresta e potencializar inovação local com alcance internacional.
Glossário
- Deep techs: tecnologias baseadas em avanços científicos profundos, como biotecnologia e inteligência artificial.
- Bioeconomia: economia que usa recursos biológicos renováveis para produção sustentável.
- Saber tradicional: conhecimentos acumulados por comunidades, especialmente indígenas, validados pela prática.
Fonte: Tech Amazônia.
Foto: Reprodução