Com programa iFood Pedal, foodtech pretende alcançar meta de 50% dos pedidos de entrega em modais não poluentes até 2025
Principalmente nos grandes centros urbanos, a poluição do ar é uma questão cada dia mais grave. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 99% da população mundial vivia em lugares onde a qualidade do ar não atingia os parâmetros mínimos definidos. E um facilitador na rotina diária é justamente um dos agentes que agravam o problema: os veículos a combustão. Contudo, muitas pessoas já repensam sobre esse meio de transporte. No espírito da multimodalidade, a bicicleta elétrica (ou motorizada) tem ganhado a simpatia de muita gente como uma alternativa não poluente para ir trabalhar.
Favorável ao meio ambiente, a tendência já faz parte do universo do delivery, como o iFood Pedal, que há mais de um ano segue “embalado” nas cidades do Brasil. Em parceria com a Tembici – empresa líder em tecnologia para micro mobilidade – e 1.500 bicicletas elétricas em circulação, o projeto da foodtech é o primeiro serviço do mundo de aluguel de bicicleta elétrica exclusivo para entregadores. O projeto começou a funcionar em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas, hoje, já está presente em outras quatro capitais, como Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
Alinhado às boas práticas para o meio ambiente, o iFood realiza ações e projetos que contribuam com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 da ONU, focado em ações contra a mudança global do clima.
Premiado em 2020 com o título “Inovação do Ano”, pelo Estadão Mobilidade, o serviço sustentável da foodtech conta com aproximadamente 13 mil entregadores cadastrados. Além disso, mais de um milhão de pedidos já foram entregues com e-bikes e bikes convencionais compartilhadas, evitando a emissão de 271 toneladas de CO2 na atmosfera. A partir de entregas limpas, a corporação visa realizar 50% de suas entregas por modais não poluentes, até 2025.
De acordo com o Head de Inovação e Logística do iFood, Fernando Martins, a alternativa se provou sustentável e alinhada com o impacto operacional, ambiental e social desejado. “Entendemos que esse modelo veio para ficar porque vimos consumidores e restaurantes atendidos de forma mais eficiente e os entregadores satisfeitos, com ganhos líquidos maiores do que com modais mais tradicionais”, destaca.
Cidade sustentável
Investir no modal e fomentar o delivery por bicicleta é contribuir diretamente para cidades mais inteligentes e sustentáveis, afirma o CEO e co-fundador da Tembici, Tomás Martins. “A bike elétrica expande a possibilidade de uso diário, uma vez que facilita deslocamentos mais longos e com diferentes relevos, exigindo menos esforço de quem pedala”, explica.
Além dele, outro que defende o modal é o consultor ambiental Charles Dayler, para quem existe um uso exagerado de veículos automotivos. Segundo ele, há várias situações em que uma única pessoa conduz um carro em distâncias curtas. “No caso de trajetos pequenos, uma boa alternativa é a substituição de veículos por modais não poluentes. Além de aliviar o trânsito, a alternativa não emite gases, contribuindo para a qualidade do ar”, destaca.
Na mesma linha, com foco em melhorias na experiência dos entregadores, o iFood investe em tecnologia que delimita o raio de entrega para cada restaurante e identifica quem estiver mais próximo, enviando para os bikers rotas mais curtas, o que otimiza ganhos e tempo de deslocamento.