A Comissão de Educação, Cultura e Esporte pode votar na próxima segunda (29) proposta da Câmara dos Deputados (PL 2260/2019) que Institui o Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira, que será celebrado anualmente no dia 12 de novembro. A surdocegueira pode ser genética ou adquirida e é uma condição de deficiência única, que compromete total ou parcialmente os sentidos da visão e audição
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A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO PODE VOTAR NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA A PROPOSTA QUE INSTITUI O DIA NACIONAL DA PESSOA COM SURDOCEGUEIRA A CRIAÇÃO DA DATA PRETENDE CHAMAR ATENÇÃO PARA A NECESSIDADE DE SE PROMOVER POLÍTICAS PÚBLICAS ESPECÍFICAS DE INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOCEGOS. A REPORTAGEM É DE REGINA PINHEIRO A proposta tem origem na Câmara dos Deputados e estabelece o 12 de novembro como o Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira, em reconhecimento da surdocegueira como condição de deficiência única, que compromete, em diferentes graus, os sentidos da visão e audição. O Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas específicas para a inclusão social desse segmento da população, além de combater o preconceito e a discriminação. Um dos relatores na Câmara, o deputado Glaustin da Fokus, do PSC de Goiás, aponta que o surdocego necessita de uma atenção diferente: Em graus elevados o comprometimento desses sentidos pode tornar a percepção de mundo dessas pessoas bastante restrita. Exigindo o desenvolvimento de diferentes formas de comunicação para compreender e interagir com a sociedade a sua volta. Por se tratar de uma deficiência única em sua especialidade, o indivíduo surdocego necessita de uma atenção diferente daquela dispensada a pessoas com deficiência visual ou deficiência auditiva, especialmente no que se refere à comunicação, à informação e à mobilidade. O dia 12 de novembro foi escolhido para o Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira, por ter acontecido nesta mesma data no ano de 1977 na cidade de São Paulo, o início do 1º Seminário Brasileiro de Educação do Deficiente Audiovisual. Conforme o projeto, o evento anual deve estimular ações educativas para a prevenção da rubéola e de outras causas da surdocegueira durante a gestação; apoiar as pessoas com surdocegueira congênita ou adquirida, seus familiares e educadores e informar os avanços técnico-científicos relacionados à educação e à inclusão social dos surdocegos. A relatora na Comissão de Educação do Senado, senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, apresentou voto pela aprovação do projeto. A senadora ressalta que a surdocegueira, também chamada de “perda sensorial dupla” ou “comprometimento multissensorial”, é o conjunto simultâneo de perda ou comprometimento auditivo e visual, não sendo duas deficiências juntas, e sim, uma deficiência única, que requer acompanhamento especializado para que a pessoa se adapte a essa condição. A relatora afirma ainda que o número oficial de pessoas com surdocegueira no Brasil é desconhecido, mas que a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos estima que existam aproximadamente 40 mil surdocegos no país. Zenaide avalia que os desafios para a inclusão das pessoas surdocegas ainda são muitos. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro
Fonte: Rádio Senado