Quase três anos após o lançamento do Pix, o Banco Central iniciou o período de testes do Drex, a nova moeda digital brasileira. O Drex será o Real de forma eletrônica, existindo por meio de tokens baseados em blockchain, algo parecido com as criptomoedas.
Essa novidade deverá estar disponível para os consumidores a partir do fim de 2024. A ferramenta possibilitará pagamentos de contas, transferências e aquisições de bens completamente eletrônica e automática, trazendo mais agilidade e segurança às operações.
Na prática, o Drex não substitui o Real nem mesmo o Pix. Na verdade, será possível inclusive utilizar a tecnologia de pagamentos instantâneos do Pix para transferir moedas de Drex.
O que muda com o Drex?
O Drex é uma CBDC (Central Bank Digital Currency, ou Moeda Digital de Banco Central em tradução livre). A criação dessa ferramenta financeira segue a tendência de outros países como a China, que já tem mais de 200 milhões de pessoas usando o Yuan Digital.
O economista Allisson Martins explica que será possível transformar o saldo digital em Real das contas digitais em Drex, em uma equiparidade de um para um. Com o Drex, será possível fazer movimentações financeiras de forma mais rápida, podendo trazer inclusive uma redução de custos.
Segundo ele, o Drex e o Pix serão complementares. “Enquanto o Drex é a moeda de forma tokenizada, o Pix é a avenida em que o Drex vai poder transitar. O Drex vai utilizar todo esse terreno utilizado pelo Pix para ter mais velocidade para realizar as transações”, coloca.
O especialista da SingularityU Brazil, Eduardo Ibrahim explica que a tecnologia possibilitará inclusive serviços financeiros mais avançados, como contratos inteligentes, investimentos, empréstimos e compra de títulos públicos, graças à sua capacidade de programação.
Ele relaciona que a moeda digital se insere no contexto da próxima geração da internet, conhecida como Web3 por operar em um ambiente tokenizado e programado.
Segundo ele, essa tecnologia pode mudar a forma que usamos o dinheiro como um todo.
“Isso poderia simplificar a forma como realizamos acordos e transações financeiras mais complexas. Além disso, a tokenização do dinheiro e a capacidade de programação do Drex podem abrir espaço para inovações financeiras que ainda não existem no sistema financeiro convencional, promovendo maior inclusão, eficiência e dinâmica da economia”, diz.
*Com informações do site Diário do Nordeste