Empreendedores faturam R$16 Milhões com jogos de tabuleiro

Se ao longo das décadas de 90 e 2000 os tabuleiros perderam espaço para computadores, nos últimos anos o mercado de jogos físicos começou a dar a volta por cima a partir de uma série de mudanças. Os chamados eurogames, criados na Europa, trouxeram novos títulos, que priorizam a estratégia e a cooperação entre os jogadores, em detrimento da sorte e das jogadas individuais. O marco foi o lançamento de Colonizadores de Catan, em 1995, do designer alemão Klaus Teuber.o das startups

Traduzido para 30 idiomas, virou fenômeno mundial. Foi o passo inicial para a chegada de uma onda de novos títulos, que hoje trazem design caprichado e acabamento de luxo nos tabuleiros, peças e componentes.

No Brasil, neste ano, estima-se que quase 400 novos jogos chegaram às prateleiras — um crescimento de 60% em relação a 2017, catapultado especialmente pelas editoras independentes.

A Galápagos, maior delas, com sede em São Paulo e 30 funcionários, fatura R$ 16 milhões anualmente. Criada em 2009 por três estudantes de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) — Yuri Fang (atual CEO), Thiago Brito e Renato Sasdelli —, o negócio começou com jogos autorais desenvolvidos pelo próprio trio, até que, em 2013, eles passaram a importar títulos internacionais e vendê-los por aqui devidamente traduzidos para o português.

Os licenciamentos, escolhidos a dedo, foram uma jogada de mestre, especialmente de jogos inspirados em franquias do cinema e em séries de TV como Star Wars, Game of Thrones e O Poderoso Chefão. Hoje, a editora lança 50 novos títulos a cada ano.

A empresa distribui hits como o americano Mansions of Madness, ambientado no universo do escritor americano H.P. Lovecraft, que revolucionou o gênero de terror. Neste board game, os jogadores precisam resolver os mistérios que assombram a cidade fictícia de Arkham.

Detalhe: o jogo interage com um aplicativo de celular grátis, responsável pela narrativa e pela trilha sonora. Em agosto de 2018, a empresa paulistana foi comprada pelo grupo francês Asmodee, um dos maiores fabricantes de jogos de tabuleiro do mundo, com escritórios em 14 países, em uma negociação sigilosa. Trata-se da primeira investida dos franceses na América Latina.

Fonte: PEGN

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