Empreendedorismo é pouco inovador no país, mas jovens se destacam

Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae entre agosto e setembro deste ano e divulgada durante a Semana Global de Empreendedorismo, apenas 22% dos empreendedores no país acreditam que seus produtos ou serviços são considerados novos ou desconhecidos no mercado. O cenário de pouca inovação pode ser explicado, entre diversos fatores, por outro índice constatado no levantamento: apenas 9% dos entrevistados de todas as idades afirmam que usam, nos seus serviços ou produtos, tecnologias, recursos e ferramentas que estão disponíveis há menos de um ano. Entre os jovens, porém, a taxa de 16% que respondeu sim ao mesmo questionamento revela a abertura maior e rápida deles para as novidades.

— São gerações que nasceram com a internet dentro de casa, com smartphones disponíveis. Isso também tende a estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras, que aumentam até a condição de seus negócios estarem em um grupo de faturamento maior — diz o gerente de Cultura Empreendedora do Sebrae, Augusto Togni.

Ainda de acordo com a pesquisa, considerando donos de empresa de micro e pequeno porte de todas as idades, 77% se veem em mercados com muitos concorrentes, 20% com poucos e 3% com nenhum. Então, por que não buscam diferenciais através das tecnologias? O gerente do Sebrae explica:

— Basicamente, são cinco os grandes desafios associados a qualquer empreendimento: a gestão de pessoas, o controle financeiro, a questão tributária, estratégias de marketing e a inovação. Este último problema está muito associado à compreensão do empresário de que precisaria fazer um investimento caro em ferramentas sofisticadas — conta Augusto, desmentindo: — Pode ser atualizar processos de gestão ou o próprio modelo de negócio.

Para mudar este cenário de desconhecimento é que o Sebrae realiza diversas atividades, segundo Augusto:

— (isso) Cria mecanismos de difusão de soluções e capacitação e busca estimular iniciativas de fomento à inovação. E tem o programa Sebraetec, que oportuniza que o próprio empresário tenha acesso a consultorias especializadas para desenvolver soluções processuais ou disruptivas nos pequenos negócios.

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