Identificar um problema, criar uma solução eficaz e lucrar em cima dela. Essa é uma das fórmulas que os empreendedores podem usar para atingir novos mercados. E foi isso que Rafael Nasser fez com o FreeCô, um aromatizante que resolve um problema que pouca gente fala: o cheiro do “número 2”.
O FreeCô deve ser borrifado cinco vezes no vaso sanitário antes de sua utilização e funciona bloqueando os maus odores causados pelas fezes.
Apesar de estar ligado à higienização do espaço, o propósito é que o produto não seja usado na limpeza do banheiro, mas como complemento para a higiene pessoal dos usuários.
O produto é custa entre R$ 10 e R$ 20. dependendo do local da compra. Hoje, é possível encontrar o FreeCô em farmácias, nas redes Kalunga e Multicoisas e nas marcas do Grupo Pão de Açucar.
Um serviço específico para empresas, chamado de FreeCô Pro, também está disponível. Nele, um dispositivo que borrifa a substância diretamente na privada é concedido gratuitamente para os clientes, que pagam apenas pelo refil.
Segundo Nasser, nesse modelo o cliente paga cerca de R$ 50 por privada mensalmente. Cerca de 500 empresas estão utilizando o FreeCô Pro atualmente. O faturamento da empresa em 2018 foi de R$ 18 milhões.
A descoberta de um mercado
A experiência de Rafael Nasser e seu sócio, Renato Radomysler, no mercado remonta desde 2013. Foi nessa época que os empreendedores se tornaram sócios do Studio d’Essences, uma agência especializada na produção de fragrâncias para marcas. “Além de me dar conhecimento técnico, essa vivência permitiu que eu conhecesse o perfil do consumidor de fragrâncias”, diz Nasser.
Apesar de já possuir uma empresa consolidada, o empreendedor queria investir em algo completamente novo. Foi então que surgiu a ideia de produzir o FreeCô.
Nasser conta que uma de suas preocupações antes de começar o novo negócio foi se certificar que havia um mercado para esse produto. Para isso, foram realizados dois grupos focais, onde 40 clientes em potencial contaram para a empresa sobre suas necessidades cotidianas.
Com os relatos, os dois sócios perceberam que o mau odor causado pelas idas ao banheiro era uma preocupação diária de muitas pessoas. Muitas delas foram além, contando que foram vítimas de deboches no trabalho por conta desse problema.
Com essas informações em mãos, a produção começou.
Uma equipe de químicos foi contratada para desenvolver o produto. Para divulgar a iniciativa, uma estratégia de marketing, que envolveu a participação de diversos influenciadores digitais, foi implementada. Todo esse processo necessitou de um investimento de cerca de R$ 3 milhões.
Deu certo?
A recepção do produto vem sendo boa. A quantidade de unidades vendidas em 2018 alcançou a marca de 1,5 milhão.
A perspectiva para 2019 é que o faturamento da empresa cresça em até 30%. A quantidade de unidades vendidas também deve apresentar aumento, alcançando a marca de 2 milhões.
Fonte: PEGN