O presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior (Abani), Claudiomiro Carvalho, o Dodó, confirmou nesta terça-feira (18/6) que a vazante dos rios da Bacia Amazônica já está causando prejuízos aos armadores que operam na região do rio Madeira.
Ele afirmou que “já foram registrados vários encalhes de embarcações e várias outras na pedra”.
Para o empresário, que já presidiu o Sindicato das Empresas de Navegação do Amazonas (Sindarma), a estiagem deste ano tende a piorar e exigirá ações rápidas e firmes do Governo Federal para evitar a interrupção da navegação. A principal medida necessária será a dragagem dos pontos críticos.
Licenças ambientais para dragagem e privatização do Madeira
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) autorizou a operação de dragagem do rio Madeira em maio, e em 4 de junho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também concedeu autorização.
Com essas autorizações, o Dnit está livre para contratar a empresa responsável pela dragagem e manutenção da hidrovia do Madeira. A privatização dessa hidrovia está prevista para o primeiro semestre do próximo ano, conforme projeto aprovado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A hidrovia do Rio Madeira é uma rota fundamental para o escoamento de grãos dos estados do Mato Grosso e Rondônia, além de ser crucial para o transporte de passageiros na região. A concessão prevê serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, garantindo segurança e confiabilidade na navegação, com um investimento estimado em R$ 109 milhões.
Fonte: Real Time 1.