Diante da realidade de ataques cibernéticos e invasões a dispositivos cada vez mais frequentes, o desenvolvimento de soluções para a internet das coisas tem uma preocupação central com a segurança. A tarefa não é simples, pois a ideia é justamente a capacidade de conectar todas as coisas – coisas feitas por fornecedores diferentes, cuja conectividade também se dará por recursos distintos.
“Quando estávamos na internet dos lugares e na internet das pessoas e existia um comprometimento de segurança, havia acesso a informações do lugar, mensagens ou uma foto privada, algo assim. Mas o comprometimento de segurança na internet das coisas passa a representar um risco físico. Imagine um carro conectado e alguém consegue acessar e cancelar o freio. É um risco físico”, aponta o engenheiro chefe de IoT do CESAR, Tiago Barros.
Um ponto central nessa questão, destaca Barros, é que a multiplicação de dispositivos está diretamente atrelada a escala e ao custo unitário de cada coisa que será conectada. Ao mesmo tempo, o avanço das soluções de segurança implica em construções de maior complexidade.
“Diversos dispositivos de IoT são construídos com hardware mínimo para funcionar. Porque são feitos em escala. O custo é importante. Então às vezes é difícil colocar algoritmos de criptografia, infraestrutura de chave pública e privada, em dispositivos com pouco poder de processamento e pouca memória. Isso traz outro agravante na questão da segurança”, aponta o engenheiro chefe de IoT do CESAR.
Como insiste, “o grande desafio é estabelecer segurança em toda a cadeia de componentes que formam a solução de IoT. Precisa ter segurança no próprio dispositivo, na comunicação, no armazenamento e no software servidor, e nas aplicações. Aumenta a superfície de ataque, porque tem mais componentes envolvidos. E não necessariamente do mesmo fornecedor, nem falando o mesmo protocolo”, pontua.
*Com informações do site Convergência Digital