Felicidade tem preço?

Até mesmo a propaganda de cartão de crédito admitiu que há coisas que o dinheiro não pode comprar. É verdade! Mas, então por que trabalhamos tanto e estamos sempre querendo mais?

Num mundo cada vez mais consumista ter dinheiro é uma vantagem e tanto. A boa condição financeira é passe livre para uma vida confortável, cheia de mimos, compras e viagens. Essa condição está intimamente ligada à felicidade, pois a gente pode desfrutar das benesses do mundo capitalista. Além disso, ter grana permite que a gente cuide melhor da saúde, possa estudar e ajudar ou agradar pessoas que amamos ou queremos bem.

(in) feliz em Paris

Tem gente que diz que dinheiro compra a felicidade, pois é muito melhor sofrer em Paris, tomando um Cabernet Sauvignon do que comendo arroz e feijão na periferia. Mas, no fundo, a gente sabe que há bens imateriais que trazem uma profunda sensação de felicidade e estão muito mais ligadas à alma do que a alegria momentânea de ganhar o smartphone da moda, por exemplo. Será que sabemos o real valor o dinheiro?

Feliz e sucesso

Bom, primeiro a noção de felicidade é algo muito subjetivo, intangível. No Dicionário Aurélio online, uma das definições diz que felicidade é o “estado da pessoa feliz”, e o que é ser feliz?

Continuamos na invisibilidade! Mas, sabemos que boa parte dessa felicidade tem a ver com a percepção do sucesso que temos nas nossas carreiras profissionais e com os bens materiais que adquirimos ao longo da vida, por exemplo. Tudo coisas palpáveis! Também nos sentimos felizes quando estamos saudáveis e temos uma boa família.

Dinheiro, além de bens

E o dinheiro é bom, muito bom! Uma energia criadora! Quando bem aplicado, o dinheiro é capaz de construir muito mais que escolas, ensino; muito mais que hospitais, saúde; muito mais que automóveis, locomoção. Talvez a gente não perceba o verdadeiro valor do dinheiro.

Na maioria das vezes, seguimos gastando com supérfluos, tentando cicatrizar alguma ferida emocional e isso vira uma compulsão sem fim. Sempre queremos uma casa maior, um carro melhor ou qualquer outro objeto ou cargo importante.

Por outro lado, há os que se tornam reféns do dinheiro. Aqueles que deixam de ter uma vida saudável e confortável, negam ajuda a quem realmente precisa, para viverem uma vida de privação e até de penúria com pena de gastar os recursos.  Vivem para acumular e são escravos do dinheiro!

Cara e coroa

São os opostos da mesma moeda, mas com a certeza de que felicidade não se compra, não se negocia. Não existe um estabelecimento que você vá, passe o seu cartão de crédito (internacional), compre um quilo de felicidade e saia feliz da vida.

Há amores desfeitos, vidas interrompidas, perdas irreparáveis, doenças incuráveis e tantas outras situações que seríamos capazes de dar tudo e um pouco mais para reverter o quadro e voltar a sentir o gosto da felicidade por meio de um sorriso, um abraço ou mesmo, um olhar!

A feliz escolha

O bom poder aquisitivo é um componente da felicidade, mas não se basta nela! A felicidade é um estado de espírito e uma questão de escolha! Vejo muita gente rica entediada na classe executiva, acomodando a sua bolsa Chanel nos compartimentos com ar de tristeza.  Geralmente, rico ri pouco!

Enquanto gente simples e humilde tem a capacidade de demonstrar alegria e compaixão, supera adversidades e ainda mantém o sorriso largo nos lábios mesmo em condições financeiras tão difíceis. Isso me faz concordar com Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, que disse:“A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos”.

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