Que o mundo está mudando numa velocidade incrível, a gente já sabe! Essa impaciência do tempo decorrente, principalmente, do desenvolvimento tecnológico, nos força a otimizar não mais apenas os recursos de infraestrutura, mas, também, os recursos humanos!
Cada vez mais precisamos correr para acompanhar o ritmo frenético do mundo do trabalho, devido às exigências das organizações que também são cobradas pelo mercado e lutam pela sua própria sobrevivência. Estamos todos no mesmo barco!
Futuro já foi garantido
Décadas passadas, a gente sonhava em se graduar e montar um consultório, fazer carreira no Banco do Brasil ou similar. Além de ganhar bom salário, que era sinônimo de uma vida confortável, representava status social. O sucesso estava garantido.
Depois o cenário mudou: a gente passou a estudar mais, se especializar e as empresas – com muitas vagas de emprego em aberto -, devido à alta demanda, contratava sem muitas exigências, mas com a alta concorrência para disputar boas vagas, a gente queria se destacar e conquistar os melhores empregos.
Desemprego e empregabilidade
Mas agora, a situação é bem diferente. Com a taxa de desemprego beirando os 13 milhões de desempregados e muita gente boa e competente disputando minguadas vagas é preciso pensar em estratégias para manter a empregabilidade.
Sem contar que as empresas buscam pessoas com um alto grau de aperfeiçoamento que vai além dos estudos e do domínio da parte técnica da profissão. Nenhuma delas quer ter no seu time um colaborador com cara emburrada e que não saiba trabalhar em equipe.
Nem só de estudo vive o homem
Foi-se o tempo que frequentar os bancos escolares, ter uma graduação, depois uma pós-graduação, mestrado, doutorado e assim por diante, garantia uma boa colocação no mercado de trabalho.
Era só estudar, ter frequência, tirar boas notas e pronto. Recebíamos o diploma ou certificado, que – muitas vezes – virava quadro na parede do escritório. Era o suficiente.
Dessa forma, podemos considerar esse aprendizado como tangível que é oriundo do conhecimento obtido dos bancos escolares ou das salas de aula como “hard skills”, jargão estrangeiro que o pessoal dos RHs incorporou no dia a dia da área e que significa simplesmente “habilidades técnicas”.
Então se o funcionário chegasse ao trabalho, não falasse com ninguém e estivesse com aquela cara feia, tudo bem, importava que ele tivesse os tais conhecimentos técnicos, desempenhasse bem sua função e todo mundo aturava a figura pouca simpática.
Testando as hard skills
O nível das “hard skills” é facilmente avaliado e comparado aos demais candidatos em um processo seletivo. Elas são habilidades decorrentes dos conhecimentos técnicos, que pressupõem o aprendizado através de livros, cursos, apostilas ou qualquer outro meio em que o resultado desse empreendimento possa ser mensurado por meio de testes, provas, entrevistas e etc.
Desenvolvendo as soft skills
Então surgiu outro jargão chamado “soft skills”, ou seja, refere-se às habilidades comportamentais, que presumem o nível da nossa inteligência emocional e, consequentemente, como nos relacionamentos com chefes, colegas, clientes, parceiros, etc.
Ou seja, observando, compreendendo e lidando com as nossas emoções e as dos outros de forma a criar e manter um ambiente harmônico e de boa convivência, e que esse clima repercuta em resultados positivos às empresas.
Essas habilidades são mais difíceis de serem mensuradas e exige do pessoal de RH muita atenção na hora de avaliar. Mas, para nós profissionais, torna-se uma boa oportunidade para focarmos nesse diferencial.
Mudando o ego
Para melhorarmos o nível das “soft skills” é preciso uma transformação ou melhoria nas nossas atitudes e no modo como interagimos com as pessoas, independentemente do nível de estresse, problemas pessoais ou qualquer outra situação emocional que esteja ocorrendo na nossa vida.
Enfim, ficou lógico que estudar e ter vários diplomas não significa estar apto ao mercado! Isso é fácil conquistar. Difícil é fazer uma autoanálise e proceder as mudanças e ajustes necessários para se manter – não apenas num bom emprego – mas, também, principalmente, para tornar a vida mais prazerosa!
Então voltando ao título proposto, o profissional hoje que queira manter sua empregabilidade precisa ter as “hard skills” e as “soft skills” em equilíbrio, investindo mais na segunda, que foram deixadas na gaveta.
Aquela figura lá de cima, que vivia de cara emburrada, não terá mais oportunidades boas de trabalho!