(Foto: Divulgação)

Indiana Royal Enfield vai montar motocicletas no PIM

A capacidade de expansão produtiva do PIM (Polo Industrial de Manaus), continua conquistando novos investimentos na região. Um dos segmentos que confirma essa atratividade é o de duas rodas com a chegada de novas indústrias, como a linha de montagem CKD da Royal Enfield, que iniciou as suas operações  com investimento de US$ 1.2 milhão para produção de 15 mil motocicletas por ano.

Segundo a empresa, os investimentos chegam em kits e em solo brasileiro são montadas. Manaus entra na rota dos planos da Royal Enfield na América Latina e reforça o compromisso da marca com o país –o mercado brasileiro é o segundo em vendas da marca em todo o mundo, atrás apenas da Índia. Localizada em Manaus, capital do Estado do Amazonas, a nova planta é a quarta operação CKD (Completely Knock Down, ou seja, completamente desmontada) ao redor do globo -depois das unidades na Tailândia, Colômbia e Argentina –além das modernas fábricas localizadas na Índia.

A líder global no segmento de média cilindrada (de 250cc a 750cc), destacou que a nacionalização das motocicletas contribui ainda mais para o crescimento acelerado que a marca vem apresentando no Brasil.

“A linha de montagem CKD da Royal Enfield está em Manaus justamente por ser o polo de empresas/montadoras de duas rodas no país, local onde está localizada a ZFM (Zona Franca de Manaus)”, destacou o CEO mundial da Royal Enfield, B Govindaraja.

“A região se destaca pela especialização no setor, dispõe de mão de obra especializada e gira toda uma cadeia de produção em seu entorno, contando com a atuação direta e indireta de fornecedores e transportadores que levam os produtos finais a todo o Brasil”, completou.

Segundo ele, a operação conta hoje com 200 postos de trabalho entre diretos e indiretos.

A Royal Enfield acredita no potencial de crescimento do mercado de duas rodas e segue investindo no país, agora com uma unidade própria de montagem de motocicletas e expandindo pelo Brasil a sua rede de concessionárias, assumindo um compromisso firme e de longa data com o público brasileiro.

“A Royal Enfield tem trabalhado arduamente para crescer no segmento de média cilindrada em todo o mundo. Com o crescimento significativo em mercados como a Europa, o oeste Asiático e, claro, as Américas, nossa estratégia tem sido nos aproximarmos desses locais para ampliarmos nossa participação de mercado. Iniciamos essa jornada há dois anos e inauguramos linhas de montagem na Tailândia e, na América Latina, na Argentina e na Colômbia. O Brasil é um mercado muito forte para nós, rapidamente se tornou o segundo em vendas no mundo todo depois da Índia -vimos um crescimento acima de 100% no Brasil em 2019. Estamos muito felizes em inaugurar nossa quarta operação CKD global aqui no Brasil, o que prova nosso compromisso com o país e com uma região que possui muito potencial de mercado. Estamos confiantes de que esta planta vai impulsionar ainda mais nosso crescimento no mercado de média cilindrada no Brasil e permitir alimentar de forma ainda mais eficiente a crescente demanda por nossas motos”, disse o dirigente.

Com capacidade de produção de mais de 15 mil unidades por ano, a linha de montagem em Manaus conta com equipamentos de última geração e estrutura moderna para alimentar a demanda cada vez maior pelas motos da fabricante no Brasil. Todo o lineup à venda atualmente no território nacional –incluindo a recém-lançada Classic 350, Meteor 350, Himalayan e as ‘twins’ Interceptor e Continental GT. A nova linha de montagem vai acelerar a chegada das motocicletas à crescente rede de concessionárias da marca e reduzir os prazos de entrega para os proprietários.

“O mercado brasileiro tem sido de grande importância para a Royal Enfield desde a chegada da marca ao país, em 2017. Com avanços significativos no Brasil e em toda a região das Américas, a Royal Enfield se estabeleceu entre as cinco primeiras marcas no segmento de média cilindrada em mercados como Brasil, Argentina, Colômbia, México e Estados Unidos. Com uma base de consumidores que cresce rapidamente e uma rede de concessionárias robusta na região, a nova linha de montagem fornece um impulso crucial para a ampliação dos negócios na região da América Latina”, enfatizou o CEO mundial da Royal Enfield, B Govindaraja.

O polo de duas rodas do PIM (Polo Industrial de Manaus), tem muito a comemorar. No último dia 28, a  fábrica do BMW Group em Manaus (AM), alcançou uma meta grande com a produção de 90 mil motocicletas no país.

Números do setor

A indústria de motocicletas registrou aumento de 18,7% no acumulado do ano. Segundo levantamento da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), de janeiro a novembro, foram fabricadas 1.328.105 unidades. No mesmo período do ano passado, 1.118.790 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM (Polo Industrial de Manaus). Ainda de acordo com dados da associação, esse é o melhor resultado para os onze primeiros meses do ano desde 2014, quando foram produzidas 1.432.842 motocicletas.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o volume de produção está dentro do planejado e que a expectativa de fabricar 1.420.000 motocicletas deverá ser atingida. “Depois de um primeiro bimestre conturbado devido aos casos da variante Ômicron, as unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e a produção vem subindo para atender à demanda do mercado”, enfatizou.

Fermanian acredita que o segmento de motocicletas deva continuar aquecido. “Depois dos resultados positivos e do crescimento do segmento este ano, acreditamos que a procura pela motocicleta deverá seguir em alta em 2023”, analisa. “Muitos brasileiros encontram no modal um veículo ágil, de custo de manutenção mais em conta e com maior facilidade de aquisição”, completou.

*Com informações do site Jornal do Commercio

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