Lançado programa para levar tecnologia ao agronegócio brasileiro

Serão investidos R$ 4,8 milhões em 14 projetos pilotos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0. As inscrições vão até 26 de setembro

Para aumentar a eficiência, a produtividade e reduzir os custos do agronegócio brasileiro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou nessa quinta-feira (3), em parceria com os ministérios da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o edital do programa Agro 4.0, que dará apoio financeiro à projetos de implantação de tecnologias 4.0 no setor.

Serão investidos R$ 4,8 milhões em 14 projetos pilotos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0. As inscrições vão até o dia 26 de setembro.

O edital, na modalidade concurso, é voltado a empresas usuárias de tecnologias 4.0 do setor produtivo, especialmente, produtores rurais e agroindústrias, que irão realizar a adoção de tecnologias 4.0 em suas unidades, fazendas ou plantas. Estas empresas poderão submeter propostas de projetos em parceria com demais Instituições.

Governo Federal lança edital para levar tecnologia ao agronegócio

O programa tem como objetivo aumentar a eficiência e produtividade no agronegócio brasileiro – Foto: Banco de Imagens

O secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Inovação do Mapa, Pedro Correa Neto, destaca que a agricultura digital é uma das prioridades de inovação para o Mapa e o Programa Agro 4.0 é um dos grandes promotores de difusão de tecnologia no ecossistema do agro. “Ações como essa fortalecem a rede de inovação no agronegócio brasileiro, conectando soluções desde os produtores rurais até as startups, incrementando as ações por meio de conectividade, internet das coisas, aprendizagem virtual, blockchain e inteligência artificial”, diz.

Temáticas 

Ao todo, o edital contempla quatro categorias, relacionadas à cadeia produtiva do agronegócio, incluindo empresas dos setores primário, secundário e terciário. Para cada categoria, foram identificadas temáticas de aplicação, às quais os projetos deverão estar alinhados: (i) segmento de insumos (fertilizantes, defensivos, rações, máquinas e equipamentos); (ii) segmento primário (agricultura, pecuária, pesca, aquicultura); (iii) segmento secundário (fabricação de produtos alimentícios); e (iv) integração de segmentos, incluindo segmento terciário (integração de elos da cadeia – abrangendo serviços de tecnologia da informação e comunicação, logística, entre outros). 

A premiação varia de R$ 300 mil para até quatro projetos nas categorias 1, 2 e 3; a R$ 600 mil para até dois projetos na categoria 4. Os projetos selecionados serão conhecidos ainda em 2020 e terão, a partir da divulgação, um prazo de sete meses para a execução e outros 12 meses para o monitoramento dos resultados. 

Plano Nacional de IoT 

Regulamentado em 2019, o Plano Nacional de Internet das Coisas – IoT tem o objetivo de implantar a Internet das Coisas como ferramenta de desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira. Para a definição das estratégias do Plano, o BNDES sugeriu quatro verticais de aplicação de IoT: indústria, saúde, rural e cidades. Para cada vertical, foi criada uma Câmara. A Câmara Agro 4.0, liderada pelo Mapa e pelo MCTI, tem como objetivo promover ações de expansão da internet no campo e a aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural. O Programa Agro 4.0 da ABDI foi listado, na última reunião, como uma das iniciativas acompanhadas pela Câmara. 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destaca a importante missão de levar conectividade ao campo, aliada às novas tecnologias. “O Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT.Br) é estratégico para a inovação e competitividade do Brasil em setores como o agronegócio, saúde, indústria, turismo e cidades inteligentes, que foram as áreas definidas como prioridades pelo MCTI no âmbito do Plano. Dentro do agronegócio, as aplicações da Internet das Coisas e outras tecnologias 4.0 vão desde a coleta de dados para a melhoria do solo até a aplicação precisa de defensivos, por exemplo”. 

Com informações da ABDI

Fonte: Governo Brasil

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