Levantamento mostra que ataques cibernéticos no Brasil cresceram 94%

País é o 2º na América Latina com mais ataques cibernéticos em 2022

Sites de diversos órgãos públicos foram atacados na Ucrânia Homem usando laptop em ilustração com código cibernético projetadoREUTERS/Kacper Pempel

O Brasil registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas. O número é 94% superior na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram 16,2 bilhões de registros.

Os dados pertencem a um levantamento da Fortinet, empresa de soluções em segurança cibernética. O estudo foi realizado pelo laboratório de inteligência e ameaças, FortiGuard Labs.

Considerando a América Latina, o país fica atrás apenas do México, que teve 85 bilhões de tentativas.

Seguindo a lista, aparece a Colômbia, com 6,3 bilhões de ataques e, em quarto lugar, o Peru, com 5,2 bilhões.

Segundo Alexandre Bonatti, diretor da Fortinet, uma das justificativas para que haja tantos ataques no país é o baixo investimento em cibersegurança no Brasil.

“O cenário começou a mudar após a pandemia, mas ainda corresponde a 10% de investimentos totais em tecnologia. Em outros países, as empresas destinam cerca de 25% a 30% em tecnologia para cibersegurança“.

No Brasil, aprovada pelo Decreto nº 9.637/2018, a Política Nacional de Segurança da Informação (PNSI) abrange segurança cibernética, defesa cibernética, segurança física e a proteção de dados organizacionais.

Essa política é implementada por intermédio da Estratégia Nacional de Segurança da Informação (ENSI) e pelos planos nacionais.

O levantamento da Fortinet demonstra outra preocupação: golpes mais sofisticados, como o ransomware.

“É um tipo de malware para sequestro de dados, caracterizado pelo pedido de resgate por parte dos criminosos. Os dados da vítima são criptografados e usados como refém. Para recuperar o acesso, a empresa tem que pagar a quantidade que os criminosos pedem”, explica Bonatti.

Normalmente, quando um hacker consegue esse acesso, o pedido feito à vítima é para que haja pagamento de resgate com criptomoedas. Isso traz dificuldades para polícia rastrear a ação dos criminosos.

Fonte: CNN Brasil

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