A Reserva Mamirauá, um dos maiores refúgios de biodiversidade da Amazônia, agora conta com uma estrutura inédita: a Torre de Fluxo do Mamirauá. Com 48 metros de altura, ela se destaca acima da copa das árvores e será usada para monitorar a emissão de gases de efeito estufa, como o metano, nas florestas de várzea.
Essa construção faz parte de uma iniciativa de grande impacto ambiental, realizada por uma parceria entre o Instituto Mamirauá, a Stanford University e a Universidade Federal de Santa Maria.
O projeto surge da necessidade urgente de entender a dinâmica dos gases de efeito estufa, especialmente em áreas tropicais. Embora essas regiões sejam responsáveis por grande parte das emissões globais, o monitoramento adequado ainda seja insuficiente.
Até agora, as florestas de várzea da Amazônia nunca contaram com um sistema de medições como esse. Com sensores capazes de medir metano, gás carbônico e vapor d’água, a torre permitirá, pela primeira vez, a medição contínua desses gases nessas florestas.
Financiado pela Fundação Gordon & Betty Moore, o projeto visa fornecer dados essenciais sobre o papel da Amazônia nas mudanças climáticas. Além disso, integrarão a torre à Rede FLUXNET-CH4 e ao programa LBA do INPA, expandindo a rede global de monitoramento de emissões de gases.
Ademais, ele inclui a participação ativa das comunidades locais, como a de São Raimundo do Jarauá. Dessa forma, proporciona tanto educação ambiental quanto geração de renda.
Com isso, o projeto marca um avanço significativo no conhecimento sobre as florestas de várzea e oferece dados cruciais para políticas de mitigação climática e gestão sustentável da Amazônia.
Fonte: BNC Amazonas.