Em 2018, a economia brasileira voltou a criar empregos com carteira assinada – depois de três anos demitindo mais do que contratando.
A auxiliar operacional Rosieli Vieira passou quase dois anos procurando emprego. Só em agosto do de 2018 conseguiu uma vaga numa agência de empregos.
“Eu fiz entrevista no dia e no outro dia já a psicóloga responsável, de recrutamento, me ligou e me comunicou que eu já estaria selecionada, se eu poderia já começar na segunda-feira”, disse ela.
Depois de três anos seguidos de vagas sendo fechadas, 2018 registrou uma mudança de rumo – quase 530 mil vagas com carteira assinada foram criadas. E essa oferta de emprego aumentou em todas as regiões do país.
O Sudeste, região mais industrializada, teve 251 mil novas vagas. Região Sul, mais de cem mil vagas abertas; Nordeste, 80 mil; 66 mil no Centro-Oeste; e 28 mil postos a mais na região Norte.
Foi em cabeleireiros e restaurantes que as vagas de emprego mais apareceram. É o setor de serviços, uma área que responde rapidamente a um aquecimento da economia. Em seguida, o setor de comércio – mercados e lojas – e a construção civil. A agropecuária e a indústria de transformação também criaram empregos.
Um resultado ainda distante de um alívio para os brasileiros que buscam emprego.
“É lógico que não é o crescimento que seria desejável para poder dar conta dos 12 milhões de brasileiros que ainda estão desocupados, mas é um sinal bastante positivo para a entrada em 2019, com força total para a recuperação econômica. Nós precisamos agora é fazer a consolidação dos ganhos que foram auferidos com a reforma trabalhista”, disse Bruno Dalcomo, secretário do Ministério do Trabalho.
A reforma permitiu o trabalho intermitente e cerca de 10% das novas vagas, 50 mil são desta modalidade, quando o período de trabalho não é contínuo.
Gildene Sousa da Silva ainda não conseguiu voltar para o mercado de trabalho. Está desempregada há dois anos, mas não desiste. “É necessário ter esperança, ter foco e correr atrás porque, se ficar dentro de casa, nada acontece”.
Fonte: G1