O programa Nova Indústria Brasil (NIB) vai disponibilizar R$ 546,6 bilhões para o agronegócio brasileiro, mas com foco no desenvolvimento de cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para segurança alimentar, nutricional e energética.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Industrial, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília.
Estes recursos poderão beneficiar diretamente no Amazonas o segmento da agricultura familiar, que também é um dos focos da chamada Missão 1 do programa NIB.
A agricultura familiar no Amazonas envolve cerca de 70% dos estabelecimentos rurais do estado, contribuindo significativamente para a segurança alimentar e a economia regional.
Segundo o IBGE, mais de 90 mil famílias vivem dessa atividade, produzindo alimentos essenciais como mandioca (base para a farinha, item cultural e econômico), banana, milho e frutas regionais como cupuaçu e açaí.
Esse segmento também é responsável por 40% da produção agrícola estadual, além de impulsionar a economia local por meio de feiras, mercados e programas governamentais, como o PAA e o PNAE, que compram diretamente dos produtores.
A valorização da agricultura familiar é crucial para garantir a sustentabilidade e a preservação da floresta amazônica, daí ser um segmento que está contemplado na Missão 1 do NIB.
Recursos públicos e privados nessa fase do NIB
Dos R$ 546,6 bilhões anunciados pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, R$ 250,2 bilhões são de recursos públicos disponibilizados em linhas de crédito, sendo que R$ 198,1 bilhões foram alocados em 2023 e 2024. E R$ 52,18 bilhões estão disponíveis para o período que vai de 2024 a 2026. Já o setor privado prevê investimentos de R$ 296,3 bilhões até 2029.
Para Alckmin, a Nova Indústria Brasil dá mais impulso a esse setor tão importante para a economia brasileira.
“O agronegócio brasileiro tem papel importante para garantir a segurança alimentar no mundo, e a agricultura familiar é fundamental para a produção dos alimentos que estão todos os dias em nossa mesa. A Nova Indústria Brasil, nesse sentido, alia maior coordenação das políticas de financiamento com ações de fortalecimento da nossa cadeia agroindustrial, para agregar mais valor à produção nacional, gerar emprego e aumentar ainda mais a produtividade e a sustentabilidade do nosso campo”, ressaltou o ministro.
Fonte: Portal Você.
