Não há dúvida de que o sistema de pagamento instantâneo (Pix) modernizou as transações bancárias. Com ele, entretanto, vieram os mais variados golpes. Tanto indivíduos quanto empresas têm sido alvos de criminosos, que usam a plataforma para essas ações.
Em um dos formatos mais recentes de fraude, os golpistas abrem contas PJ com nomes propositalmente errados de marcas e atraem os empresários com falsas transferências de dinheiro. Mais uma vez, é a engenharia social que está por trás da ideia e o alvo são as pequenas e médias empresas (PMEs) e os microempreendedores individuais (MEIs).
Com frequência cada vez maior nas últimas semanas, a prática é conhecida como “golpe do falso fornecedor”. A ação conta com uma falha humana no pagamento a prestadores de serviço. Em contato com as vítimas, os criminosos se passam por fornecedores de uma grande empresa, informam que houve uma mudança nos processos de pagamento via Pix e pedem uma transferência para confirmação.
Raquel alerta que o golpe do fornecedor tem mais chance de sucesso quando praticado contra empresas que não têm procedimento de pagamento rigoroso. A confirmação do Pix apresenta nome do destinatário, CNPJ e banco — então, é essencial ficar atento a isso ao fazer qualquer operação.
Como evitar ser vítima
Os golpistas têm a vantagem de os processos de criação de MEI e abertura de contas bancárias corporativas estar cada vez mais simples. Por isso, uma das principais formas de se prevenir contra o golpe do fornecedor é conferir as informações do recebedor ao fazer transações bancárias.
Segundo Arthur Igreja, especialista em tecnologia e segurança digital, manter contato constante com fornecedores, fazer verificações de rotina, treinar os profissionais e divulgar os tipos de golpe na comunicação interna são essenciais para a proteção. “É fundamental instruir os colaboradores para identificar as fraudes. Especialmente aqueles que atuam em departamento financeiro, compras e mantêm relacionamento com fornecedores”, destaca.
Igreja lembra, ainda, que é importante validar a identidade com o código da empresa, bem como manter conversas próximas com a fornecedora de software de gestão para fazer a verificação de códigos automaticamente no sistema. Além disso, é preciso lembrar que não é seguro compartilhar senhas por mensagens, e-mails ou SMS. Veja, a seguir, outras dicas importantes para evitar esse e outros golpes:
- não confie em contatos desconhecidos, por mais que se passem por fornecedores;
- procure o fornecedor em números/e-mails seguros e utilizados comumente;
- mesmo que o valor solicitado seja o mesmo de faturas pagas anteriormente, sempre consulte o responsável por administrar o contrato;
- se o solicitante insistir no pagamento ou pedir para não encerrar a ligação, desconfie;
- lembre-se de que o Pix não solicita transações de ativação;
- fornecedores não fazem alteração de dados bancários sem formalização;
- não informe dados pessoais e comerciais;
- não confirme informações sigilosas entre a empresa e fornecedor (valor de fatura, serviços contratados e outros);
- não faça transações sem a formalização por canais seguros.
Via: Canaltech
Fonte: Yahoo Finanças