Atualmente, mais de 15 milhões de cadastros estão em atividade no país
O número de pequenos negócios no Brasil cresceu 19% em dois anos. Atualmente, 15,3 milhões de cadastros estão em atividade, sendo 8,7 milhões de Microeemprendedores Individuais (MEI) e 6,6 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPE).
Os dados constam no Atlas dos Pequenos Negócios de 2022 do Sebrae. O levantamento indica ainda que estão em atividade 77% dos MEIs e 92% dos MPEs cadastrados, com base em dados de dezembro de 2021.
O Sebrae Nacional destaca que esse interesse pelo empreendedorismo tem sido percebido no Brasil há 20 anos. A instituição pontua que abrir um negócio tem sido apontado ao longo desse período como um dos maiores sonhos do brasileiro.
De acordo com o Sebrae Mato Grosso, em 2020, detectamos que aproximadamente 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendiam tinham planos de abrir uma empresa nos próximos três anos. Com a pandemia e o aumento do desemprego, o empreendedorismo se fortaleceu como uma alternativa à necessidade de renda.
Além disso, avalia o Sebrae, as medidas adotadas pelo governo e que tornaram menos burocrático o processo de abertura de um negócio também contribuíram para que as pessoas tomassem a iniciativa de criar sua própria empresa. Esses fatores somados levaram o Brasil a chegar a sétima maior taxa de empreendedorismo do mundo.
Única fonte de renda
No universo dos microempreededores individuais, 78% disseram que têm essa atividade como a única fonte de de renda. Com relação aos micro e pequenos empresários, o percentual é um pouco menor e 71% declararam não possuir outra fonte de renda.
Em números absolutos, dos 15,3 milhões de empreendedores em atividade (77% dos MEI e 92% das MPE) 11,5 milhões não têm outra fonte de renda e dependem exclusivamente da atividade empreendida.
Conforme o Sebrae, esses dados demonstram que o MEI não funciona como uma atividade esporádica ou paralela, mas sim a fonte de renda principal da maioria. Por outro lado, há uma parte importante desses empresários com baixa escolaridade, que abriu o negócio por necessidade e não fez um planejamento adequado antes de começar o empreender.
“Por isso, o Sebrae trabalha para contribuir com a qualificação desses empreendedores para que eles consigam crescer, ganhar envergadura e até evoluir para o status de microempresa ou empresa de pequeno porte se for o caso. Para isso, oferecemos uma infinidade de cursos, conteúdos e consultorias para ajudá-los nessa trajetória”, reforça a instituição.
Saída da informalidade
De acordo com o levantamento, 28% dos MEIs eram informais (empreendedores ou empregados) antes de registrarem como MEI. Sendo que as ocupações principais eram empreendedores informais (13%) ou empregado sem carteira (15%) quando decidiram se formalizar
O Sebrae destaca que o MEI é a maior política pública de formalização da economia no Brasil e tem um caráter muito positivo. Esse modelo de negócio, pelas suas características que implicam menos burocracia e menor tributação, funciona como a principal porta de acesso dos empreendedores ao mundo da economia formal.
Com a formalização, o empreendedor tem o direito de obter um CNPJ, pode passar a negociar com o governo e grandes empresas, tem acesso a produtos e serviços bancários e pode usufruir dos benefícios do INSS (aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário-maternidade e pensão por morte), entre outros, esclarece o Sebrae.
Fonte: O Livre