Se há alguns anos, a revolução das máquinas parecia limitar-se aos filmes de ficção, agora o avanço da inteligência artificial torna cada vez mais possível ver a criação de robôs mais parecidos com seres humanos em apenas alguns anos — pelo menos, na visão do CEO da Nvidia, Jensen Huang.
Para Huang, o Vale do Silício está perto alcançar o desenvolvimento de uma “inteligência artificial geral”, também conhecida como AGI, com sistemas capazes de atingir uma capacidade cognitiva similar ou superior à dos humanos.
Ou seja, uma IA capaz de se comportar como uma pessoa, com habilidades de adaptação e de aprendizado de temas novos por conta própria.
Porém, o tempo necessário para alcançar esse objetivo dependerá muito de como a meta é definida, afirmou o executivo durante um fórum econômico realizado na Universidade de Stanford.
Segundo o presidente da Nvidia, se a definição for a capacidade de passar em testes humanos, a inteligência artificial geral (AGI) está mais próxima do que o imaginado.
“Se eu submeter uma IA a todos os testes que você possa imaginar, criando uma lista desses testes para a indústria de ciência da computação, acredito que, em cinco anos, teremos resultados excelentes em cada um deles”, afirmou Huang.
Vale lembrar que o CEO é responsável por liderar a Nvidia — principal fabricante mundial de chips de inteligência artificial usados para criar sistemas como o ChatGPT, da OpenAI —, que atingiu a marca de US$ 2 trilhões em valor de mercado na sexta-feira (01).
Os desafios da inteligência artificial
Atualmente, a inteligência artificial já é capaz de passar em testes como exames jurídicos — aliás, o ChatGPT se provou capaz de passar na primeira fase da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Entretanto, a IA ainda apresenta dificuldades em provas de especializações médicas, por exemplo.
Nas previsões do CEO da Nvidia, esses obstáculos devem chegar ao fim em pouco tempo, com a IA conseguindo passar em qualquer teste humano dentro dos próximos cinco anos.
Por outro lado, em outras definições mais abrangentes, Huang acredita que a criação da AGI pode ser um objetivo muito mais distante, já que os cientistas ainda discordam sobre como descrever como funcionam as mentes humanas.
“Portanto, é difícil conseguir isso como engenheiro, porque os engenheiros precisam de metas definidas”, disse Huang.
Fonte: Seu Dinheiro.