O RH no tempo da tecnologia e das pessoas

Na indústria, a tecnologia aliada à inovação tem possibilitado o desenvolvimento de uma infinidade de produtos mais baratos e acessíveis, devido à alta escala de produção.

Outros projetos seguem em pesquisa e prometem revolucionar o mundo por possibilitar que a vida se torne cada vez mais confortável, que as empresas gastem menos com a produção e lucrem mais, e que todos vivam felizes, já que podem – em teoria – consumir essas maravilhas contemporâneas. Afinal, estamos fazendo mais com menos!

A tecnologia também vem influenciando o comportamento humano em diversos aspectos. As maneiras de se comunicar, de consumir e até de raciocinar não são as mesmas que as das gerações passadas, que não lidavam com tantas informações e conexões ao mesmo tempo. Agora, tudo é muito instantâneo e volátil. É uma transformação sociocultural e, portanto, mais lenta que a velocidade da tecnologia.

Essa influência da tecnologia chegou ao ambiente corporativo para ficar. Não existe mais um modus operandi empresarial que resista à atualização tecnológica e, em consequência, aos seus novos processos e procedimentos. É muito big data pra analisar. Temos informações demais e precisamos de gente qualificada que possa extrair dados úteis que realmente interessem ao negócio.

Assim penso que faça sentido analisar até que ponto os funcionários estão ou não em compasso ao ritmo veloz (e feroz) da tecnologia e se estão preparados nessa corrida. Então, me veio à mente a importância do profissional de RH para lidar com esses dois universos, criando uma sinergia entre a tecnologia e o humano, atrelando à estratégia da empresa. Ufa!

O gestor de RH na intermediação

E é exatamente nessa questão que entra o profissional de RH, um agente estratégico que precisa estar apto a transitar nesse cenário. Como atuar nesse ambiente?

A análise de José Wilson Falcão da Costa, da Diretoria de Projetos Estratégicos e Inovação da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM), nos ajuda a refletir sobre esse papel. “o profissional de RH, diante do cenário que estamos vivenciando nas organizações, que exigem das pessoas cada vez mais ‘resultados’, porém, com cada vez menos ‘recursos’, é o de proporcionar equilíbrio, serenidade e paz no ambiente de trabalho. Humanizar o ambiente de trabalho onde a tecnologia impera e domina, e fazer com que as pessoas possam se sentir realizadas e motivadas faz parte também do desafio desse profissional de RH contemporâneo. A tecnologia trouxe para as organizações a inovação, velocidade, eficiência e resultados melhores, ao mesmo tempo em que aumentou a pressão nas pessoas para atingi-los”.

Novos e velhos postos de trabalho

Decerto que a demanda tecnológica exigirá que novas ocupações sejam criadas e outras, extintas. As profissões do futuro já estão sendo desenhadas e – até onde se sabe – a máquina não irá substituir o homem, que é a máquina mais perfeita de toda a existência.

O que precisamos, talvez, equacionar é se a proporção dos empregos que a tecnologia está gerando e irá gerar supera as vagas que estão sendo fechadas. Se não estiver, vamos construir novos caminhos para sobreviver. 

Acelera RH

Em relação ao profissional de RH e à tecnologia, Marcelo Lyra Porto, presidente da IBM Brasil, em entrevista para o Café com VOCÊ RH (dezembro de 2017), foi contundente dizendo que “todas as áreas, nas quais se inclui o RH, serão impactadas por plataformas cognitivas, e quem não souber usá-las com certeza sairá prejudicado”, citando que o líder de RH está atrasado, comentou que “em 2017, estamos usando tecnologias criadas em 2007”, completando ainda que “está na hora de o RH formatar uma cultura de abertura ao aprendizado e adotar uma mentalidade de crescimento em relação à tecnologia”. Pelo visto o jeito é estudar, se capacitar e acelerar o passo para acompanhar o ritmo dessa tal de tecnologia para não ficar desempregado!

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