O sonho da Sociedade 5.0

O futuro já chegou ou está vindo em carro de Fórmula 1*. Imagine você viver numa sociedade em que não exista doença, se viva mais de 200 anos, não precise trabalhar duro e tenha todo o tempo do mundo para se dedicar ao capitalismo cognitivo* ou trabalho imaterial*? E quem fará o trabalho sujo? Ahh os robôs, o Big Data*, a Impressora D3* e outras parafernálias mais! Importa mesmo é que pela primeira vez na história da humanidade, há um fio de esperança de que nós seremos recompensados por tudo que fizemos até agora em prol do planeta e teremos uma vida feliz pra sempre, será?

Tecnogente

Pra gente falar da Sociedade 5.0* é importante retroceder um pouco e fazer uma viagem lá pra Alemanha. Isso porque é preciso linkar o tema com a tal Indústria 4.0*, também chamada de Quarta Revolução Industrial, que é um novo modo de produção baseado na tecnologia de automação, integrando conceitos de Internet das Coisas*, Computação em Nuvem* e etc, e que justamente por conta dessa integração ou cadeia de valor pressupõe a sustentabilidade do negócio, por meio da rápida tomada de decisão dos gestores.

Num mundo altamente veloz e competitivo, cada segundo pode representar a sobrevivência empresarial. Ai chegamos ao que conhecemos como fábricas inteligentes (mas pensado num ambiente amplo, numa interação como num ecossistema e que vai além do modelo industrial) e é claro que a Alemanha saiu na frente nessa corrida de Indústria 4.0, já que a industrialização representa o pilar da economia alemã.

Outro level

Daí o Japão levou o conceito de Indústria 4.0 a outro nível e passou a pensar num novo modelo de sociedade oriunda dessa transformação digital. Tcham-tcham-tcham-tcham eis que surge “a Sociedade 5.0”, é uma revolução silenciosa, mas latente.

A ideia é que a tecnologia sirva à humanidade e que ela esteja no centro dessa transformação. Resumindo, se a Indústria 4.0 é o modo de produção a Sociedade 5.0 é a beneficiária desse modelo. Uma fusão proporcionada por Sistemas Ciber-Físicos.

Mudando pra mudar

As transformações tecnológicas são fáceis de a gente perceber no cotidiano. A gente não precisa mais usar a lista telefônica, faz transferência financeira pelo smartphone, dirige usando navegação por satélite e mais um monte de coisas.

Na sociedade, a coisa não acompanha o mesmo ritmo, mas há notáveis indícios de mudanças no comportamento dos mais jovens, intimamente ligados às tecnologias. O modo de se expressar, entender o mundo e fazer escolhas é bem diferente do pessoal com mais de 40 anos, por exemplo…

Mas quando a gente pensa no impacto dessa revolução industrial em nível de “humanidade” a coisa ganha outra proporção ou grau de complexidade. Mas o Japão, exemplificando, já está pensando em como fazer essa integração entre tecnologia e gente, principalmente por causa do envelhecimento da população, que é um dos dilemas mundiais.

Parte dos Estados Unidos também apresenta acentuado declínio geográfico, assim como alguns países da Europa e até nós brasileiros estamos envelhecendo rapidamente enquanto a taxa de natalidade vem caindo. Então quem vai substituir os idosos nas linhas de produção? 

Vivendo mais e melhor?

E se pensarmos que uma população idosa precisa de cuidados especiais e os sistemas inteligentes, monitorando as ações do indivíduo a cada segundo, elevam a qualidade de vida desse contingente, e que as novas tecnologias na área da saúde irão curar muitos males, parece que tudo se encaixa como num passe de mágica!

Talvez, alguém tenha se esquecido de colocar nessa conta os milhões de invisíveis que perambulam pelo globo, ou será que continuarão invisíveis? Uns dizem que a tecnologia irá tornar o mundo mais justo e menos desigual, outros, falam que o fosso social será cada vez mais acentuado. E você, o que pensa da sociedade 5.0?

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