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Oito em cada dez trabalhadores desejam mudanças nos benefícios oferecidos pelas empresas

Vale-refeição, vale-transporte e plano odontológico são os benefícios mais oferecidos pelas empresas. Mesmo com 58% de aprovação da atual lista, cerca de oito em cada dez profissionais (77%) desejam mudanças nas vantagens corporativas. Esses dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento profissional Robert Half.

De acordo com a 5ª edição da Pesquisa de Benefícios, que ouviu 2.661 pessoas empregadas e desempregadas nos meses de maio e julho deste ano, 80% dos profissionais gostariam de poder escolher os benefícios de acordo com suas necessidades. No entanto, apenas 15% disseram que suas empresas oferecem essa opção.

Bônus

O bônus acordado (anual, trimestral e mensal) é o benefício mais desejado pelos profissionais. O relatório da pesquisa aponta que esse recurso, por ser uma ferramenta de recompensa e reconhecimento, motiva os funcionários e cria uma cultura de desempenho nas empresas.

Na sequência, aparece a flexibilidade de horário e modelo de trabalho. Com as alternativas de emprego remoto e de horários adaptáveis às necessidades de cada funcionário, esse benefício pode “aumentar a satisfação das pessoas, reduzir o estresse e melhorar a produtividade”, segundo a pesquisa.

Com relação ao auxílio educacional, que também aparece na lista do que os funcionários desejam receber das empresas, o relatório explica que o investimento nas habilidades e conhecimentos da equipe prepara os profissionais para as demandas do mercado de trabalho.

Fator de decisão

“Os benefícios devem ser encarados como uma ferramenta estratégica. Investindo em opções que atendam às expectativas dos profissionais, as empresas se diferenciam e ganham competitividade. Além disso, é preciso considerar que os auxílios têm influência na decisão das pessoas ao aceitar uma nova proposta de emprego”, explica Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half, em comunicado.

Entre as pessoas empregadas, 57% negociam melhor o salário, caso os benefícios que julgam importantes não estejam sendo ofertados. Este percentual é de 46% no grupo de pessoas desempregadas.

“Embora o salário seja um aspecto crucial, esses dados demonstram que os benefícios não podem ser negligenciados, pois têm um impacto significativo na atração e retenção de talentos. As empresas, cientes desses aspectos, podem considerar os benefícios como parte da proposta de remuneração total”, afirma Mantovani, em nota.

Desafios na gestão dos benefícios

A pesquisa também mostrou que o maior desafio para 67% dos profissionais da área de recrutamento e seleção está no equilíbrio entre os gastos dos benefícios com o orçamento disponível. Outros 42% apontaram as dificuldades de seguir as tendências do mercado de trabalho para garantir a competitividade e tornar o ambiente atrativo a novos talentos.

A personalização dos benefícios de acordo com as necessidades individuais foi outra dificuldade apontada por 32% dos participantes do estudo.

Fonte: Extra/Globo.

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