Professor de matemática vence o prêmio mais importante da educação brasileira

Os projetos que concorreram foram desenvolvidos em 2019, antes da pandemia. Foram 3.761 inscritos, entre eles, dez ganharam nota dez

Um professor de matemática do Rio de Janeiro venceu o prêmio Educador do Ano, o mais importante da educação brasileira.

Quando as escolas ficaram vazias, todo mundo procurou pelo professor. As perguntas eram muitas, e as respostas que eles não tinham, criaram. Por isso, premiar educadores em um ano como este tem um significado especial.

Em um ano de tantos aprendizados, o Prêmio Educador Nota Dez não teve uma festa com todo mundo junto. Mas foi transmitido pela internet e pelo canal Futura a brasileiros de todo o país. Como explica o diretor de Marca e Comunicação da Globo – parceira da premiação junto com a Fundação Roberto Marinho, a Abril e a Fundação Victor Civita.

“As experiências desses professores estão chegando em mais pessoas. A possibilidade que mais salas de aula repliquem essas experiências bem-sucedidas é emocionante também. O Prêmio Educador Nota Dez tem uma ideia muito boa, que é uma ideia de premiar e divulgar”, destaca Sérgio Valente, diretor de Marca e Comunicação da Globo.

Os projetos foram desenvolvidos em 2019, antes da pandemia. Foram 3.761 inscritos, entre eles, dez ganharam nota dez. Novos jeitos de ensinar, falar sobre política, inclusão e estimular a criatividade.

Mas um desses dez educadores ganhou um pontinho a mais. Principalmente porque tem um projeto que não depende de grandes recursos para ser replicado por professores de qualquer lugar do país. O anúncio do vencedor também foi feito à distância. O educador do ano de 2020 é Luiz Felipe Lins.

“Eu quero agradecer à educação pública que me formou, a todos os professores e todos os profissionais de educação desse país, que lutam por uma educação de qualidade e fazem com que esse país avance através da educação”, agradeceu Luiz Felipe.

Luiz é professor de matemática dos últimos anos do ensino fundamental em uma escola municipal do Rio de Janeiro. O projeto dele partiu de uma situação prática: a construção de um conjunto de moradias populares. Ele pediu aos alunos que projetassem uma casa e ainda pesquisassem preços no bairro para calcular quanto custaria revestir a construção.

“Quando eles fazem conexões daquilo que eles aprendem com a realidade deles, a tendência é que aquilo desperte interesse maior pelo estudo daquela ciência, daquela matéria”, diz Luiz Felipe.

O presidente da Fundação Victor Civita, que criou o prêmio em 1998, diz que o trabalho de formiguinha de cada um desses professores ecoa no país inteiro. “Acabamos criando uma rede de professores e educadores nota 10 – e gestores também – que estão em permanente contato com outro e trocam ideais e metodologias e assim a gente vai conseguindo melhorar a educação básica no nosso país”, afirma Victor Civita Neto.

“Quando um professor é premiado, ele está sendo premiado não uma pessoa, mas, sim, a educação inteira. Todos os profissionais que fazem da educação um agente transformador”, afirma Luiz Felipe.

Foto: Divulgação/SME-RJ

Fonte: G1/Jornal Nacional

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