Qualificação: esteja sempre preparado

Muitos jovens, adultos sem boa base educacional e outros sem qualificação profissional repartem o mesmo desejo que é o de conseguir um emprego. Com a crise econômica se estendendo por longo período é preciso repensar estratégias para atravessar o momento e sobreviver. Uma delas é apostar na qualificação tanto para quem está trabalhando quanto para quem deseja estar.

De bico em bico

Sem carteira assinada ou qualquer outro benefício trabalhista, o desempregado recorre ao mercado informal e geralmente desempenha atividades ligadas às áreas do comércio e serviço. São esses conhecidos “bicos”, como são chamados, que lhe garante a subsistência nos momentos mais difíceis. Já em outra situação, na condição de subempregado, a coisa não fica menos pior e ainda há muitos que estão se segurando nos cargos, mas, sabe-se lá até quando e se parte das empresas cortou os investimentos na área de capacitação e treinamento o jeito é buscar alternativas para elevar a capacitação.

Se virando como pode

O brasileiro é criativo e tem boa capacidade de adaptação, é o que estamos provando o tempo todo, pois enquanto americanos e europeus estão acostumados a panoramas razoavelmente estáveis, os brasileiros são flexíveis e buscam diferentes alternativas frente aos desafios. Nessa jornada cresce a parcela de entidades, associações e instituições que atuam como agentes a serviço do desempregado e oferecem cursos, palestras, oficinas e serviços de recrutamento e seleção no esforço de diminuir as estatísticas de desemprego.

Meios para capacitação

Um exemplo vem do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) da unidade do Amazonas. Essa unidade destina uma média de 78% do seu orçamento para cursos gratuitos destinados ao público de baixa renda e que reside em municípios como Itacoatiara, Manacapuru, Coari, Tefé e Parintins, locais em que o SENAC-AM possui base física.

Cursos como técnico em Enfermagem, cabeleireiro, manicure e pedicure, illustrator e InDesign, montador e reparador de computadores, operador de Editoração Eletrônica, organizador de eventos, porteiro e vigia, salgadeiro, Cozinha Regional, barbeiro, auxiliar de Crédito e Cobrança, técnico em Segurança do Trabalho  tiveram 7574 matrículas preenchidas por pessoas da capital e interior.

Para Silvana Maria Ferreira de Carvalho, pedagoga e diretora regional do SENAC-AM o empregado ou candidato a um emprego precisa estudar continuamente. “Hoje precisamos tomar consciência de que aprender é para toda a vida. O tempo em que bastava ter o Ensino Médio e uma qualificação profissional para permanecer empregado até a aposentadoria, já acabou. Quanto mais qualificações em áreas afins ou mesmo diferentes o profissional tiver, contribuirá para sua empregabilidade”, explica.

Outra alternativa para o aprendizado é utilizar aplicativos como o Google Primer, por exemplo, que é gratuito, disponibiliza 18 especializações nas áreas de Marketing e Negócios. Só no Brasil 2,1 milhões de usuários já experimentaram uma das 127 aulas em português desenvolvidas por especialistas de mercado em assuntos como negócios, métricas, Marketing e conteúdo. Além disso, a internet oferece um celeiro de boas opções de cursos e dicas para ajudar na conquista do emprego, como as da administradora e diretora de Desenvolvimento da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM), Eliane Martins que ressalta a importância de se preparar um currículo objetivo, manter boa rede de contatos, estar preparado para entrevistas, enviar currículos, buscar cursos de capacitação, entre outras.

Sobretudo, há uma dica que deveria nortear nossas vidas em todos os aspectos por permitir que estejamos – além de qualificados – preparados (ou menos despreparados) para alguns imprevistos e assim encerro com a Eliana dizendo: “Esteja preparado: não espere a demissão acontecer para verificar o que é necessário fazer! Independente da crise, estar preparado para imprevistos é o mínimo que você deve fazer durante toda a sua carreira. Muitos profissionais acabam se desesperando ao serem informados da demissão porque não se preparam e aí se veem perdidos no pior momento”, conclui a diretora.

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