Desde a instalação, em 6 de julho de 2022, em Brasília, a tecnologia 5G foi ampliada ao longo dos últimos meses para outras capitais brasileiras. Os impactos da nova tecnologia, todavia, não foram tão satisfatórios como o esperado devido a pouca conectividade do Brasil. Especialista pondera que uma das grandes beneficiárias, a educação, foi pouquíssima impactada até agora.
Lançada em julho deste ano no Brasil, a tecnologia 5G causou excitação no mercado prometendo revolucionar diversas áreas no país. Após quase seis meses desde a chegada, a tecnologia esbarra agora em diversos entraves ligados à baixa conectividade no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28,2 milhões de brasileiros não tiveram acesso à internet em 2021.
Ainda segundo a pesquisa, cerca de 15,3 % da população acima dos 10 anos não teve acesso a internet no Brasil este ano. O especialista em educação e internet, Alfredo Freitas, que tem 20 anos de experiência, acredita que sem resolver a questão da conectividade as mudanças propostas para a tecnologia 5G não serão sentidas no médio e longo prazo no Brasil.
“Os impactos da tecnologia na educação, por exemplo, poderiam ter sido maiores se os investimentos necessários tivessem sido feitos para conectar as escolas no Brasil. A baixa conectividade, sem dúvida, representa um entrave para a consolidação dos benefícios que a tecnologia 5G poderia trazer para o sistema educacional brasileiro na modalidade remota, por exemplo”, afirma Alfredo Freitas.
Dados do IBGE, confirmam o cenário apresentado por Freitas e mostram que 42% das pessoas que não acessaram a internet no Brasil em 2021, afirmaram que não o fizeram devido não saber usar a tecnologia. Além desse efeito, há ainda a rudimentar conexão das zonas mais afastadas do Brasil.
“Recursos como vídeoaulas gravadas, plataformas online para interação, aulas online e ao vivo, além de outras ferramentas online poderiam auxiliar as escolas e universidades brasileiras a manter a qualidade da educação, caso existissem incentivos para a conectividade. O ensino via internet é irreversível”, pondera Alfredo Freitas.
Pesquisa recente com Dirigentes Municipais de Educação em todo Brasil, em mais de 4.472 municípios do país mostrou que 96% destes municípios (77% do total), já aplicaram recursos do ensino remoto para ajudar na recomposição pedagógica do ensino em 2020 e 2021.
*Com informações do site One Vox Press
