Quem criou o Pix? Entenda a origem da tecnologia de pagamento

Imagem: Shutterstock

Recheada de vantagens, a popular tecnologia de pagamentos Pix já está entre os meios de pagamentos mais utilizados do Brasil e, como esperado, já se tornou assunto no meio político por causa das eleições de 2022. Na segunda-feira (23), o atual presidente do país e candidato à reeleição, Jair Bolsonaroreivindicou a criação da tecnologia, durante entrevista ao Jornal Nacional.

Além de ter dito que seu governo foi responsável pela criação do Pix, o candidato também falou que a tecnologia está prejudicando os bancos e tirando dinheiro das instituições. “Criamos o Pix tirando dinheiro de banqueiros”, declarou o presidente.

Mas você conhece a origem do Pix? Jair Bolsonaro é responsável pela criação da tecnologia? Confira mais detalhes sobre a solução de pagamento, bem como o seu impacto no mercado.

Em que governo foi criado o Pix?

Criado pelo Banco Central, o Pix começou a ser oficialmente desenvolvido em 2018, durante o governo de Michel Temer. O órgão instaurou a portaria n° 97.909, voltada para o desenvolvimento de pagamentos instantâneos, em 3 de maio de 2018.

De acordo com informações obtidas pelo UOL, o planejamento das tecnologias que deram vida ao Pix começaram consideravelmente antes. Fontes consultadas pela publicação apontam que a ideia de um sistema de pagamentos instantâneos nacional é discutida desde 2016.

Sob chefia do economista Ilan Goldfajn, o Banco Central fez um estudo apontando benefícios e o impacto do uso de uma ferramenta de pagamentos rápidos no país. O objetivo era criar um sistema similar ao utilizado pela startup Zelle, que lançou uma plataforma de transferências rápidas nos Estados Unidos em outubro de 2016.

Quando o Pix foi implementado?

Enquanto a criação do Pix ocorreu durante a presidência de Michel Temer, a implementação e lançamento do serviço se deram durante o governo de Jair Bolsonaro. Em 2019, a gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central começou a divulgação do que seria o Pix que conhecemos hoje.

O lançamento da tecnologia ocorreu em novembro de 2020, trazendo opções de transferência sem custos direto no celular. Com o passar do tempo, a tecnologia se tornou um sucesso: aprovado por 85% dos brasileiros, o Pix já bateu mais de 73 milhões de transações em apenas um dia.

É valido notar, no entanto, que o atual presidente já se mostrou por fora da implementação da tecnologia. Durante o lançamento do Pix, Jair Bolsonaro conversou com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, e disse não ter “tomado conhecimento” sobre a chegada do novo meio de pagamento, confundindo o sistema com algo relacionado à aviação civil.

Pix está fazendo bancos perderem dinheiro?

O Pix é um meio de pagamento que substitui o TED e o DOC, permitindo transferências instantâneas sem taxas para o usuário. Mesmo com a extinção das tarifas, o Banco Central afirma que os bancos não estão perdendo dinheiro com a tecnologia.

Agora no mês de agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou: “não é verdade que os bancos perdem dinheiro com o Pix”. De acordo com o comandante da instituição, apesar de não estarem ganhando dinheiro com as tarifas de transação, os bancos conseguem monetizar as finanças dos usuários de outras formas.

“Você tem uma perda de receita em transferência, mas por outro lado novas contas são abertas, novos modelos de negócio são gerados, você retira dinheiro de circulação, que é um custo enorme pro banco, você aumenta a transação, então o transacional aumenta”, explica Campos Neto.

Além de retirar o dinheiro em papel de circulação, o lançamento do Pix também garantiu a criação de mais contas e movimentação de dinheiro em aplicativos de banco, permitindo que as instituições ofereçam mais serviços ao usuário. Após um ano de lançamento, o Pix já contava com mais de 112 milhões de pessoas cadastradas.

Atualmente, o maior problema enfrentado pelos bancos, e usuários, está na questão da segurança. Devido ao processo ágil de transferência, o Pix é amplamente utilizado em crimes. Segundo uma estimativa das instituições financeiras, o volume de golpes financeiros em 2022 deve chegar a R$ 2,5 bilhões, com 70% do montante sendo movimentado via Pix.

Fonte: TecMundo

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