A sábia Monja Coen
A sábia Monja Coen

A sábia Monja Coen

A coisa mais certa na vida é que tudo é incerto e transitório! E é nessa dinâmica que eu começo hoje. Quando, finalmente, me dei conta disso, a ansiedade foi embora. Então se conseguisse uma entrevista exclusiva com a Monja Coen ou não, os deuses iriam decidir e eu nada, nada poderia fazer a respeito, pois já havia feito o que me competia. Então sofrer pra quê?

Após o desfecho, foi na tarde da quinta-feira, dia 13, que cumprimentei a Monja pela primeira vez na saudação namastê, ou seja, quando o meu deus interior saúda o seu deus interior e dali por diante a conversa rolou descontraída. O objetivo da entrevista foi produzir um programa para a Amazon Play TV Digital pra compartilhar as sábias palavras da budista.

Pelo caminho do meio

E se o tempo mudou, a tecnologia alterou a velocidade do tempo, centrar-se continua sendo uma atitude atemporal que nos ajuda a manter o ponto de equilíbrio, conforme me disse a Monja. Por mais que o planeta mude, o homem precisa silenciar a mente para não ser puxado e nem empurrado pelas circunstâncias do mundo.

Juntos e felizes 

Perguntei à Monja como podemos ser felizes num mundo com tanto sofrimento e gente passando por tantas necessidades, e foi ai que ela me disse que então não podemos ser felizes verdadeiramente.

A felicidade passa pelo coletivo. Precisamos entender o que ocorre no planeta, abraçar uma causa e agir. Não adianta ficar meditando e o mundo pegando fogo. Precisamos nos engajar e fazer algo pelas pessoas, pelo mundo! Não dá pra fechar os olhos ou ficar de braços cruzados.  Afinal o que adianta pensar que se é feliz se ao redor está tudo triste?

Sentir sem sentir

A Monja Coen sabe que é impossível não sentir ódio, raiva, tristeza e outras emoções que fazem parte da psicologia humana, porém a dica da budista é deixar que a sensação da emoção passe. Ter autopercepção nos ajuda na hora que o sentimento ou a emoção aparece e aí é o momento de entender o que se passa, deixar viver – até certo ponto – o instante, colocar cada emoção no seu lugar e seguir adiante. É nesse ponto que ocorre a faísca da transformação! Não deixar que a emoção tome conta do ser.

As dores, dificuldades, desafios fazem parte da nossa jornada, não há como negar o que é da condição humana. Mas, a Monja entende que precisamos ter discernimento, compreender nossas fragilidades e limitações, e continuar a caminhada buscando o desabrochar de todo o nosso potencial mental.

Continuar é preciso

A questão é que a gente desiste fácil e fica vivendo sob o velho olhar de sempre. Os anos passam e a pessoa endurece, fica rígida! Atolada em meio a sentimentos que se tornam uma prisão. Se afundando no calabouço mental e deixando de aproveitar o lado bom da vida.

Rede que distancia

Falamos sobre certa frieza, distanciamento e falta de compaixão entre as pessoas. Tirando as ocasiões de catástrofes, a gente sequer olha pros lados, e a Monja Coen percebe isso nas redes sociais, por conta do anonimato muita gente ofende, xinga e denigre outras pessoas, sem lembrar que atinge famílias, amigos, cônjuges, enfim. Mas, é um sintoma social, fruto de uma sociedade também doente e que precisa de ajuda. É preciso cuidar da vítima e do vitimador.

E para que a cura global ocorra é preciso que cada um de nós comece a mudar! Ela disse que toda essa transformação é possível quando se pratica a meditação, que é o meio mais eficaz de silenciar a mente e ter melhor clareza mental e emocional.

Outra dica valiosa da Monja e eu não poderia deixar de compartilhar com você é que não é errando que se aprende, e sim, corrigindo que se aprende!

E como estávamos nos encaminhando para o final da entrevista, pedi à Monja Coen que deixasse uma mensagem para essa época do ano e ela disse que no Japão agora é tempo de limpar a casa, tirar as teias de aranhas e que devemos aproveitar o momento e fazermos o mesmo conosco: observar o que fizemos de bom, o que precisa ser eliminado e o que podemos fazer para melhorarmos.

É tempo de reflexão e união! É tempo de Natal! Feliz Natal! Namastê!

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