(Foto: Reprodução)

Spotify anuncia tecnologia que combaterá a desinformação na plataforma

Spotify comprou uma empresa que pode ajudar a detectar e lidar com conteúdo prejudicial dentro da plataforma. Conforme comunicado emitido pela companhia de streaming musical, a DKinzen usa aprendizado de máquina e experiência humana para analisar conteúdo possivelmente prejudicial e discurso de ódio em vários idiomas.

O Spotify ainda acrescentou que o Kinzen “ ajudará a oferecer uma experiência segura e agradável em nossa plataforma em todo o mundo” e que a tecnologia da empresa é especialmente adequada para podcasts e outros formatos de áudio.

Procurar sinais de conteúdo de áudio prejudicial em centenas de idiomas é uma tarefa difícil, principalmente porque pode haver nuances que certos sistemas e falantes não nativos podem não perceber. Como tal, o Spotify diz que a Kinzen o ajudará a “entender melhor o cenário de abuso e identificar ameaças emergentes na plataforma”.

As duas empresas trabalham juntas desde 2020, com o objetivo de evitar desinformação em conteúdo relacionado a eleições nos EUA daquele ano. Eles forjaram sua parceria antes do apresentador Joe Rogan começar espalhar desinformação sobre a vacina COVID-19 em seu programa exclusivo do Spotify, que se diz ser o podcast mais ouvido do planeta.

Houve uma reação significativa contra Rogan e Spotify no início deste ano. Centenas de médicos e cientistas pediram ao Spotify que promulgue uma política para conter a disseminação de desinformação. Semanas depois, o Spotify começou adicionando um aviso de conteúdo a episódios de podcast que incluíam discussões sobre o COVID-19 e tornavam públicas suas diretrizes de conteúdo. Vários artistas também retiraram suas músicas do Spotify em protesto contra Rogan, incluindo Neil Younge e Joni Mitchell.

Pode ser que o Spotify veja o emprego da tecnologia de Kinzen como um meio de ajudá-lo a evitar catástrofes de relações públicas semelhantes no futuro. No entanto, não está claro quão eficaz será na prevenção da disseminação de desinformação. Se o conteúdo nocivo for apresentado em um podcast popular, ele pode ganhar força nas mídias sociais e na cobertura da imprensa antes que o Spotify possa agir. Ainda assim, a aquisição da empresa é um movimento contra a desinformação.

*Com informações do site Yahoo

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