“O mau uso das tecnologias e o medo de sermos controlados por algo desconhecido está nos paralisando”, afirma o especialista Marco Marcelino, que atua na área de inteligência de mercado com conhecimento em dados e gestão do conhecimento.
Embora seja conhecido por sua discrição no mundo dos negócios e uma postura pessoal “low profile”, Marco é constantemente procurado por grandes empresas para desenhar projetos desafiadores de tecnologia que trazem como consequência resultados financeiros positivos.
Por isso, recentemente, ele foi contemplado com o prêmio ABC de comunicação, na categoria “Mentes Brilhantes”.
O evento, que completou 10 anos, elegeu os melhores profissionais por meio de uma banca de jurados também composta por acadêmicos e profissionais renomados da comunicação.
“Eu me sinto muito honrado pelo prêmio ABC porque sei da seriedade e do trabalho que eles fazem para promover a comunicação. São muitas as iniciativas que estimulam novas gerações e se transformam aos poucos numa das mais consistentes comunidades do país”, disse, orgulhoso, à IstoÉ.
As principais tecnofobias dos brasileiros
Com tanta experiência, não foi difícil para ele observar e listar, ao longo de anos de trabalho, alguns dos avanços tecnológicos que mais amedrontam os brasileiros. A tecnofobia, diz ele, é mais comum do que muitos imaginam.
Veja alguns exemplos a seguir:
Medo de sair feio na foto (e de publicá-la nas redes sociais)
“Nunca antes apagamos tantos registros por não estarmos satisfeitos com a nossa aparência. Daí, a evolução de câmeras frontais, iluminação e uma série de cursos que ensinam transformar seu celular em um verdadeiro estúdio fotográfico”, lista.
Medo de ligação telefônica
“Atualmente, cada um impõe suas regras de contato. No WhatsApp, que funciona 24 x 7, já existem as mensagens automáticas que sugerem contato apenas em horários comercias. E, somado a isso, vem o medo de falar ao telefone, que deixa a comunicação muito diferente do que tínhamos antes”, pontua.
Medo de estar sendo monitorado e sendo espionado ao usar computadores em redes
“Ter a privacidade invadida é um dos maiores danos, se não o mais grave, na atualidade. O que você faria se tivesse a sua privacidade usada indevidamente e ou exposta para milhares de pessoas? As próprias redes sociais não estão prontas para responder com agilidade as fraudes e uso indevido de imagens. Os padrões de acesso, como senhas, já não atendem mais os quesitos de segurança. Seria fundamental que todo acesso fosse por reconhecimento facial. Afinal, os devices já têm esse recurso”, alerta.
Medo de ficar sem tecnologia
“Já imaginou ficar sem celular pelos próximos 30 dias? Só de imaginar, já ficamos mais ansiosos. E se a Internet deixasse de funcionar por esse período? Sem dúvida, isso seria ‘apocalíptico’ e desencadearia muitos surtos, além de uma imensurável fadiga na economia mundial”, finaliza.
*Com informações do site IstoÉ