Uma educação comprometida com conhecimento, empregabilidade e inclusão

Com o objetivo de ampliar a inserção de brasileiros em situação de vulnerabilidade social na CESAR School, a instituição lançou um fundo educacional, que será importante mecanismo para promover diversidade e inclusão.

Em 2021, o turismólogo e produtor cultural Antônio Silva resolveu dar uma virada profissional e iniciou o curso de Design na CESAR School, a escola de inovação do CESAR. Com dificuldade de encontrar trabalho durante a pandemia, ele decidiu realizar a transição de carreira para uma área com maior espaço no mercado e com a qual já tinha familiaridade – como produtor cultural, trabalhava inserido no mercado publicitário, ao lado de muitos colegas designers.

A história de Antônio não está isolada: segundo o IBGE, 12 milhões de brasileiros estavam desempregados no primeiro trimestre de 2022, ao mesmo tempo em que 200 mil vagas estavam em aberto na área de Tecnologia da Informação. Assim, em busca de inserção em um mercado crescente e de grande potencial, cada vez mais profissionais hoje fazem a transição ou iniciam carreiras em TI. Como muitas dessas pessoas, Antônio tinha objetivos bem definidos.

“Escolhi a CESAR School por ser uma instituição que já faz parte do Porto Digital e que tem a cultura maker no seu modelo de ensino. Entendi que era a melhor opção, por estar inserido dentro de um ecossistema que me projetaria muito fácil para o mercado de trabalho. Eu tinha pressa em caminhar nesse contexto, porque dependo financeiramente da minha família, então tenho que traçar uma linha reta até certo objetivo e ir batendo metas”, conta o estudante, que hoje também é estagiário do CESAR.

A história da CESAR School começou em 2006, com a criação do mestrado profissional em Engenharia de Software. Desde então, inserida no Porto Digital, junto a mais de 350 empresas, a faculdade promove a discussão sobre mercado, economia e sociedade, para formar profissionais que transformem os ambientes e as empresas em que atuam. Quando começou a pesquisar sobre a CESAR School, Antônio descobriu que, apesar de ser uma instituição privada, contava com um programa de bolsas – e foi o que o motivou a participar do processo seletivo da faculdade. Hoje, ele é um dos 25 bolsistas que já passaram pelos cursos de graduação da CESAR School.

Programa de bolsas

O programa de bolsas foi implementado na CESAR School em 2018, quando a instituição passou a oferecer cursos de graduação em Ciência da Computação e Design. Para ter acesso às bolsas, que hoje cobrem 100% do valor das mensalidades ao longo do curso, os estudantes já devem ter sido aprovados na faculdade, por vestibular próprio ou pela nota do ENEM, para então passar por um processo seletivo que avalia o contexto de vulnerabilidade social. Para ser elegível à bolsa, a renda per capita do grupo familiar do aluno não pode exceder três salários mínimos, o mesmo critério utilizado pelo FIES para aprovar o financiamento a estudantes.

“Eu entendo que o programa de bolsas é extremamente necessário. Há um gap muito grande a ser preenchido: falta diversidade racial e diversidade de identidade e conduta de gênero nas universidades e no mercado de tecnologia, como um todo. E isso passa diretamente por todas as minhas vivências, da pessoa preta, da pessoa LGBT: políticas afirmativas me trouxeram até aqui”, diz Antônio.

Para escalar o programa de bolsas e ampliar a inserção de brasileiros em situação de vulnerabilidade social na CESAR School, a instituição lançou, em 2022, um fundo educacional. Toda a sociedade poderá contribuir com doações financeiras para ampliar a oferta de bolsas de estudo.

 

 

Fundo educacional

Até hoje, todos os bolsistas que já passaram pela CESAR School tiveram suas bolsas (parciais ou integrais) financiadas pelo próprio CESAR. Agora, o fundo educacional permitirá à instituição ampliar o número de bolsas por meio de doações de empresas ou de pessoas físicas. “Estamos abertos a qualquer proposta, de qualquer empresa que queira fazer uma doação ou parceria”, lembra Eduardo Peixoto, CEO do CESAR. Para isso, o centro de inovação construiu um processo de governança e transparência.

Eduardo explica que, hoje, a CESAR School é frequentada por uma maioria de alunos de classe média.

“A gente sabe que um ensino de qualidade não é barato. Mas a gente não quer construir uma escola de elite econômica”, diz.

Considerando que cada aluno tem um custo de aproximadamente R$ 100 mil durante toda a graduação, a meta é chegar no final do ano de 2022 com R$ 2 milhões em doações – e assim custear a graduação de pelo menos 20 estudantes. A longo prazo, o objetivo é que um número mais expressivo de doações transforme o perfil da CESAR School e que, em cinco a dez anos, 50% dos estudantes da faculdade sejam bolsistas.

O fundo está ligado diretamente às raízes da CESAR School e parte da missão do CESAR de transformar a vida das pessoas e liderar a inovação no Brasil – e fazer isso por meio da educação. “A gente precisa formar esses líderes e criar um ambiente diverso, que integre pessoas de diferentes contextos sociais. Assim, o fundo vai permitir o acesso e, nesse momento, será destinado para pessoas em situação de vulnerabilidade social”, diz Felipe Furtado, Diretor Executivo da CESAR School.

Felipe lembra que outro grande objetivo associado à criação do fundo é gerar empregabilidade, ao ampliar o acesso a cursos que formam profissionais em elevada demanda no mercado. Mais que isso, há um crescente foco na CESAR School com trabalhabilidade: formar pessoas capacitadas para atuar no mercado, de forma geral, com espírito empreendedor e habilidades técnicas e socioemocionais. Hoje, alguns dos bolsistas que passaram pela CESAR School já estão formados – todos estão empregados e trabalham em suas áreas de atuação.

“Essa iniciativa tem o potencial de ser um grande motor de transformação, porque possibilita que a CESAR School seja uma faculdade de elite, mas não de elite econômica. É um passo importante para a instituição promover diversidade dentro e fora da sala de aula”, diz Antônio.

Mecanismos de inclusão

Felipe Furtado, Diretor Executivo da CESAR School, explica que um grande objetivo do fundo educacional é ampliar o acesso para pessoas com vulnerabilidade econômica a cursos que formam profissionais em elevada demanda no mercado.

Felipe explica que o fundo educacional é um mecanismo importante que deve ganhar escala, mas não é e nem deve ser uma ação isolada da CESAR School para promover diversidade e inclusão.  Hoje, os cursos de mestrado e especialização na faculdade não contam com programa de bolsas, mas carregam uma preocupação inerente com o desenvolvimento de projetos com impactos sociais.

Como é na graduação, todos os cursos de pós-graduação da CESAR School trabalham com uma metodologia de ensino voltada para a resolução de problemas reais, e organizações não governamentais e empresas são convidadas para resolver problemas através de projetos com os alunos. Assim, ao longo dos anos, mais de 400 mestres já foram formados em Engenharia de Software e Design, muitos com pesquisas em temas de impacto social. O formato dos cursos possibilita trabalhos que têm o potencial de transformação social. E, dessa forma, cria-se um contexto propício para o aluno se desenvolver como profissional e como cidadão.

Outros mecanismos para gerar impacto, e que estão no radar da CESAR School, passam por soluções educacionais mais acessíveis, independentes do fundo, como a criação de cursos mais baratos e com maior alcance. Outro caminho para promover acesso se dá por meio de parcerias com outras empresas, fundações e com o governo.

A CESAR School está em um momento de virada. Nos últimos quatro anos, a instituição estabilizou o processo seletivo, o corpo docente, as turmas, a estrutura e as grades curriculares. Agora vem o próximo passo: como escalar ainda mais o impacto gerado.

“E não queremos apenas escalar o número de alunos, mas impactar a qualidade da saída desses alunos através de mecanismos diversos para fazer com que as pessoas sejam formadas não apenas tecnicamente, mas mais inclusivas e com capacidades de liderança e de geração da própria renda”, explica Felipe.

Do ponto de vista prático, para viabilizar o acesso a estudantes em situação de vulnerabilidade social, a CESAR School fornece livros e material de estudo, softwares, laboratórios e equipamentos diversos, como notebooks. A instituição conta ainda com um grupo de psicopedagogos que faz um primeiro acolhimento socioemocional, identifica gaps pedagógicos e, se necessário, direciona os alunos para mentorias, além de os auxiliar com a gestão do tempo de estudo.

Mais que isso, a experiência dos últimos quatro anos, desde a criação do programa de bolsas, mostra um engajamento coletivo para acolher esses estudantes. Felipe conta que os próprios alunos se mobilizam, se ajudam e aprendem uns com os outros.

“Todo esse senso de coletividade e de viver a inclusão no dia a dia gera mais empatia e forma pessoas melhores. Para os bolsistas, a gente percebe um senso de devolução, uma vontade de ajudar e de ampliar o acesso que eles tiveram para outras pessoas. Eles formam uma grande comunidade para pensar como a CESAR School e o CESAR podem ser mais inclusivos e diversos”, diz Felipe.

Inovação, conhecimento e diversidade

Roberta Fernandes, diretora de Comunicação, Cultura, Diversidade e Inclusão do CESAR, lembra que times diversos produzem melhores resultados.

O CESAR conta hoje com uma diretoria de diversidade e, dentro dela, existem grupos de trabalho – dos quais alunos, professores e gestores participam. Roberta Fernandes, diretora de Comunicação, Cultura, Diversidade e Inclusão do CESAR, conta que os colaboradores do centro possuem um elevado grau de escolaridade e, por muito tempo, tinha-se um corpo profissional homogêneo. O trabalho com ESG (governança ambiental, social e corporativa) começou há cerca de três anos na instituição.

“Nossa vocação natural é o conhecimento, é a inovação. Mas como produzir conhecimento e inovação quando o olhar das nossas equipes são sempre os mesmos? Quando eu trago pessoas com outros perfis, nós mudamos o olhar e a história dos resultados que entregamos. Ter pessoas diferentes no time é um exercício diário de resiliência e de construção do novo”, diz Roberta.

Hoje, estimula-se a convivência de colaboradores do CESAR com alunos e professores da CESAR School, como forma de promover a troca de vivências e percepções e de ampliar a diversidade nos projetos e soluções desenvolvidas pelo centro para mercado e também em sala de aula.

“Se a gente não conhece a realidade do outro, a gente não tem como ajudar a transformá-la. Ampliar o ingresso de pessoas de diferentes contextos socioeconômicos na escola vai gerar um outro aprendizado, necessário, para os alunos e para o CESAR. Se a nossa missão é transformar pessoas e organizações pela inovação, medidas como a do fundo educacional estão ligadas à nossa própria existência”, conclui Eduardo Peixoto.

Esse movimento por uma educação mais inclusiva é o que o CESAR chama de Fluxo. A organização convida a todos para criar fluxos e mudar histórias ao doar para o fundo educacional. Para fazer uma doação a partir de R$50, clique aqui.

Fonte: PROJETO DRAFT

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