Os profissionais do setor de tecnologia estão entre os que mais aderiram ao trabalho remoto. Tanto que, de acordo com pesquisa feita pela startup Revelo, 79,1% desses profissionais considerariam trocar de emprego caso a empresa em que trabalham exigisse a volta ao modelo presencial.
A preferência é uma herança do período mais agudo da pandemia, em que muitos profissionais atuaram de forma remota como parte do isolamento social, já que, antes da crise sanitária global, 76,2% trabalhavam presencialmente.
Entre os pesquisados, 59,6% afirmaram que não consideram aceitar propostas de emprego com o modelo presencial. Os 40,4% restantes estão abertos a avaliar e aceitar trabalhos que exijam uma ida ao escritório.
A Revelo, que atua na área de Recrutamento e Seleção, ouviu 530 profissionais de tecnologia durante os meses de setembro e outubro.
Benefícios
Para 25,7% dos entrevistados, a economia de tempo gasto no trânsito é um dos benefícios que levaram a essa preferência pelo home office. Em seguida, 21,4% afirmam que escolhem trabalhar em casa pela flexibilidade do dia a dia.
Outros 21,4% também preferem a modalidade porque ela permite fazer suas atividades em locais e cidades diferentes. Além disso, 11,5% escolheram por ser um ambiente favorável para concentração e foco e 11,2% por sobrar mais tempo com a família.
Ainda que prefiram o home office, os profissionais reconhecem os benefícios do trabalho presencial: 65,9% afirma que a principal vantagem de ir ao escritório é a interação com os colegas no escritório. Outros 9,1% dizem que a estrutura e equipamentos, como as mesas, cadeiras e computadores, contribuem para o dia a dia das atividades.
Outros pontos que os trabalhadores também valorizam no presencial são os momentos de descompressão, como as festas e happy hours.
Força de trabalho descentralizada cresce
A pesquisa mostra também que, ante 2021, houve um aumento de 12,3% no número de profissionais que não residem na mesma cidade em que está localizado o escritório da empresa.
Em comparação à mesma pesquisa da Revelo de 2021, o número de desenvolvedores que moram na região Sudeste caiu 17,7% neste ano, enquanto profissionais de outras regiões cresceram entre 42% a 50%, dependendo da localidade do país.
*Com informações do site CNN Brasil