Carro voador, videoaula, robô para serviços domésticos… O que ‘Os Jetsons’ viram como futuro e virou realidade 60 anos depois

Divulgação/KleinVision

Algumas contas rápidas e muita curiosidade fizeram os fãs de “Os Jetsons” concluírem que um dos personagens do desenho, George, o pai da família, estaria nascendo agora, em pleno 2022. Isso porque a série, que estreou em 1962, projetava um futuro de cem anos à frente, com todos eles vivendo em 2062. E há ainda outra informação valiosa: no episódio “Test pilot” (“Piloto de teste”), um médico diz ao protagonista que ele viverá até os 150 anos. George sabe, portanto, que lhe faltam ainda 110 anos de vida. Sendo assim , o homem de 40 anos naquela ocasião seria um recém-nascido entre nós hoje em dia.

Interessante é pensar que a animação produzida pelos famosos estúdios americanos Hanna-Barbera antecipava inúmeras invenções que já estão por aqui ou muito perto de serem desenvolvidas. Há quem chame George de bebê da Covid, como estão sendo “apelidadas’’ as crianças que foram concebidas no período de isolamento imposto pela pandemia.

Na vida dos Jetsons, as chamadas de vídeo e as videoaulas, intensificadas durante a pandemia, já faziam parte da rotina. Além disso, há invenções presentes na série animada que tiveram avanços consideráveis nos últimos anos. Em março de 2021, por exemplo, o modelo chamado de “primeiro carro voador do mundo” foi apresentado ao público em Miami. Já no mês passado, a start-up Eve, da Embraer, mostrou como será a cabine de seu veículo aéreo. Foi também em 2021 que começamos a ouvir mais intensamente falarem de turismo espacial, quando o bilionário Jeff Bezos fez o primeiro voo suborbital tripulado indo ao espaço sem piloto. Na série, George levou seu filho até a lua para um passeio da turma de escoteiros (veja essa e outras lembranças do desenho ao lado). Vale lembrar que, na estreia do programa, o primeiro homem ainda não tinha pisado na lua (o que aconteceu em 1969).

Nos últimos meses, foi apresentado o projeto do Sky Cruise, um hotel futurista voador que ficaria anos no ar recebendo pessoas por outras aeronaves, tal como os Jetsons faziam para visitar pessoas e lugares.

Se fôssemos apontar um “equívoco’’ da história, lembrando que estamos falando de uma obra de ficção e isso não pode ser apontado como erro, na abertura eles mostravam a família usando cédulas de dinheiro em papel, algo cada vez menos comum, num mundo com cartões e Pix.

Jornada reduzida e esquema híbrido de trabalho eram comuns

“Os Jetsons” foi exibido primeiramente pela emissora norte-americana ABC, entre 1962 e 1963, e depois retomado em 1985. Os estúdios Hanna-Barbera são também responsáveis por outros clássicos, como “Tom & Jerry”, “Scooby-Doo” e “Os Flintstones”.

A série ainda projetou o futuro nos comportamentos. George tem uma jornada de trabalho reduzida, regime que já tem sido adotado por algumas empresas ao redor do mundo atualmente. Ele vai ao trabalho até três vezes na semana e por algumas horas, como na rotina híbrida de muitos funcionários após a pandemia.

Por outro lado, a série futurista trazia falas que hoje seriam consideradas machistas. As mulheres da história não trabalham fora e são cobradas para cuidar bem de seus maridos. No primeiro episódio, o senhor Spacely, chefe de George, diz que só se casou com sua esposa porque ela cozinhava bem. Isso parace mais idade da pedra, né?

Rosey e uma robô que faz tarefas domésticas em ‘Os Jetsons’ Foto: Reprodução

Museu de novidades

Vida própria

Na última semana, o Google demitiu de seu quadro de funcionários um engenheiro que teria dito que a inteligência artificial teria adquirido consciência. Mas nos “Jetsons’’, robôs como a inesquecível Rosey têm vontades próprias, iniciativas e desenvolvem até emoções nas tramas.

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Na medicina

No episódio em que revela sua idade, George é examinado por uma câmera-robô que entra em seu corpo, comandada por um médico. Algo comum hoje em exames e até em cirurgias.

Bronzeamento artificial

Na animação, os personagens também se bronzeavam em câmaras, algo que nem é mais considerado novidade no mundo.

Tablet

George se informa por uma tela, onde aparece o jornal que ele lê. Tudo normal para hoje em dia, não é?

Assistente pessoal

Além dos robôs, o personagem conversava com seu despertador, recurso usado em aparelhos atuais.

Saúde bucal

George tinha uma escova elétrica.

Fonte: Extra

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