Um cogumelo conhecido como “tampa da morte” é responsável por mais de 90% das mortes relacionadas ao consumo destes tipos de fungos em todo o mundo. E a disseminação dele, de forma onipresente, pode ocorrer devido a um bizarro “truque” de clonagem genética.
O venenoso cogumelo Amanita phalloides é um fungo invasivo que, segundo especialistas, se espalhou desde suas origens europeias para todos os continentes, exceto a Antártida. E a forma como ele fazia isso era um mistério até agora.
Clonando sozinho
Um estudo publicado recentemente no servidor de pré-impressão biorXiv relata ter encontrado a forma como o cogumelo se espalhou pela Califórnia, nos Estados Unidos: clonando a si mesmo.
A versão californiana da tampa da morte consegue fertilizar a si mesma e produzir cópias perfeitas, evitando a necessidade de acasalar antes de espalhar seus esporos sobre uma região não conquistada.
“As diversas estratégias reprodutivas do cogumelo invasivo provavelmente estão facilitando a rápida disseminação, revelando uma profunda semelhança entre invasões de plantas, animais e fungos”, escreveram os pesquisadores na pré-impressão.
Quem os vê na natureza, os acha despretensiosos: as flores têm uma tampa verde pálida, branca ou bronze; brânquias brancas; e há também uma membrana sedosa em forma de saia.
Diz-se que o cogumelo tem um sabor agradável, de modo que, quando seus efeitos mortais se manifestam – seis a 72 horas depois -, eles costumam ser uma desagradável surpresa.
*Com informações do site Metrópoles