Divas do Agro: amazonenses colocam a mão na massa, assumem os negócios e se destacam

Francisca das Chagas Melo e Marnilda Sá conversaram com A CRÍTICA e falaram sobre como é tirar da terra o seu sustento diário

No sítio da pscióloga e empreendedora agrícola Marnilda Sá, ela cultiva abelha sem ferrão (Foto: Gilson Mello)

Depois de se formar em nutrição, a empreendedora agrícola Francisca das Chagas Melo, 47, resolveu focar na produção de hortaliças sem agrotóxico em seu sítio ‘Vida Nova’, localizado no Ramal 8, na Estrada do Brasileirinho, zona Leste de Manaus. Filha de agricultores, ela mesma produz o adubo e com isso, garante aos clientes que seus produtos sejam 100% orgânicos.

“Quando eu me formei como nutricionista, eu me questionei: como vou saber se eu consumo produto natural? Então, tendo essa necessidade, eu comecei pensando em mim. Só que hoje, eu penso na comunidade”.
Hoje a gente não produz só pensando na gente, mas sim, no consumidor, disse Francisca das Chagas, nutricionista e agricultora (Foto: Gilson Mello)

Atualmente, plantando em larga escala, ela fornece para seus consumidores hortaliças, frutos e adubos. “Hoje nosso forte são as hortaliças como couves, cebolinha, coentro, temos uma produção de limão e outras frutas”.

Francisca das Chagas produz desde 2015 no sítio ‘Vida Nova’ e hoje, tem ideia das boas oportunidades que podem surgir com o empreendedorismo.

O forte da produção de Francisca são as hortaliças, como couve, coentro e outros (Foto: Gilson Mello)

 

“Quando eu cheguei lá produzindo sozinha para o meu consumo, eu não tinha noção do leque que eu teria. Foi me aproximando de associações e órgãos que busquei capacitação e até passei em um edital de fomento. Então, hoje a gente não produz só pensando na gente, mas sim, no consumidor”.

Agroecologia

A psicóloga e empreendedora agrícola, Marnilda Sá, 43, é outro exemplo de que o empreendedorismo voltado ao agronegócio dá certo. Em seu sítio, ela vem implementando a agroecologia: ciência que utiliza de conceitos ecológicos nas práticas agrícolas.

Além do mel e própolis, Marnilda cultiva no sítio dela, na zona Leste, hortaliças, frutos e adubos (Foto: Gilson Mello)
“O nosso objetivo principal é que a gente consiga tirar do sítio o nosso sustento e o excedente a gente vende. A gente tenta plantar algo que consiga se alimentar, como é o caso da galinha caipira, nos alimentamos da carne dela e do ovo. O óleo da andiroba  usamos para o tratamento medicinal. As abelhas sem ferrão propocionam  o mel, o própolis”, explicou ela.

Com o trabalho, sua renda principal é com vendas de ovos de galinha caipira e óleo de andiroba, tudo produzido em seu sítio ‘Agroecológico Santa Rita’ localizado no quilômetro 6, também no Ramal do Brasileirinho.

“Dentro dessa perspectiva da agroecologia, um dos pontos que achamos importante é a educação permanente. Então nós abrimos também nossa casa para encontros e oficinas”, complementou ela.

Para adquirir os produtos do sítio de Marnilda Sá, o consumidor pode entrar em contato com o número: (92) 99363-0914. Já para comprar os alimentos sem agrotóxicos produzidos por Francisca das Chagas, o cliente pode ligar para o contato (92) 99194-4919.

As divas do agronegócio

Francisca das Chagas Melo e Marnilda Sáo são alguns dos exemplos de  empreendedorismo rural o qual teve destaque durante a primeira edição do encontro ‘Divas do Agro’ ocorrido na semana passada em Manaus.

O evento promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Amazonas, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), teve o objetivo de fomentar discussões sobre a importância da atuação feminina no desenvolvimento do agronegócio.

Mais de 200 mulheres entre agricultoras familiares, artesãs, pescadoras, entre outras trabalhadoras do empreendedorismo rural participaram da programação, que também contou com palestras nas seguintes temáticas: o papel da mulher no desenvolvimento sustentável; legislação para cultivo de flores tropicais; liderança mediadora; alimentação para um mundo sustentável e saudável; o protagonismo das indígenas no campo e a mulher como inspiração no Agro.

Fonte: A Critica

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